Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
sábado, 31 de julho de 2010
A Gambiarra Profana com Fabiano Soares nos Dois Anos do Pó de Poesia no Centro Cultural Donana
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quarta-feira, 28 de julho de 2010
2 anos de Pó de Poesia
Grupo Pó de Poesia - 2 anos. Espaço Cultural Donana
Poeta Henrique Sousa, é professor de Sociologia e Filosofia. Lançando o seu livro de poesia "enCANTOS do ser"
Momento lindo: o poema de Ivone Landim Pó de Poesia musicado em blue por Dida Nascimento.
O Poeta Márcio Rufino
Sérgio Salles do Chiclete Salgado e Gambiarra Profana.
Poeta Ivone Landim e Dida Nascimento.
O Poeta Felipe Mendonça
Vinícius Siqueira (Gambiarra profana)
O Poeta Arnoldo Pimentel
Camila Senna
Foto tirada na sala de colagens, alguns do Pó de Poesia e outros do Gambiarra Profana.
Camila Senna e Márcio Rufino
Arnoldo Pimentel, Sam e Márcio rufino.
Colagem de Márcio Rufino do Pó de Poesia.
Colagem da Poeta Ivone Landim
Colagem da Poeta Ivone Landim
Colagem da Poeta Ivone Landim
Colagem da Poeta Ivone Landim
Colagem da Poeta Ivone Landim
Parece que foi ontem quando em julho de 2008, na biblioteca do Espaço Cultural Sylvio Monteiro em Nova Iguaçú, em uma cerimônia que homenageou todos os poetas da cidade, uma das poetas homenageadas, a professora de Literatura Ivone Landim, oriunda do grupo Desmaio Públiko, convidava este humilde poeta que vos escreve para formarmos juntos com outras personalidades ligadas à cultura e à educação na Baixada Fluminense o grupo Pó de Poesia. De lá para cá, o grupo tem sido - ao lado do Gambiarra profana - uma grande referência na cultura da região, promovendo leituras de poemas e performances em espaços culturais e alternativos. Alguns integrantes fundadores, por razões pessoais ou profissionais, se despersaram, mas os poetas Ivone Landim, Dida Nascimento, Marcio Rufino, Jorge Medeiros, Vicente Jesus, Ramide Beneret, Sergio Salles-Oigers, Arnoldo Pimentel, Felipe Mendonça e Camila Senna levan adiante a bandeira do grupo que se orgulha de ter comemorado 2 anos de existência no CCDonana em Belford Roxo junto com o relançamento do livro do poeta Henrique Souza Encantos do Ser e sua instalação Tenda dos Sentidos.
A noite também foi brindada com as exposições de colagens de Arte-Educação de Ivone Landim e dos fanzines que ela coordena pedagogicamente com seus alunos da FAETEC Entrelinhas que comemora 10 anos.
O grupo Pó de Poesia agradece a todos os leitores e seguidores do blog o carinho, o prestígio e a atenção nesses dois anos de caminhada!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Flor do Lodo
de Sergio-SalleS-oigerS
₢.2000 - Gambiarra Profana / Folha Cultural Pataxó
domingo, 25 de julho de 2010
Para os destemidos...
sábado, 24 de julho de 2010
SONETO EM AMARELO

SONETO EM AMARELO
Deixo-te a fragância da erva-doce
As sílabas aladas de um poema
O conforto seco de uma novena
Deixo-te tudo que comigo eu trouxe
Quando nas tuas idéais flutuantes
Vires minhas silhueta no orvalho
Ou na grandiosidade de um carvalho
Estarei no amor que tu me abranges
Da ausência que me faz presente em ti
Florescem surrealismos de Dali
Nos canteiros áuricos de Van Gogh
Naquela tarde, adiante de um iogue
Serei eu a rotomar sobre os raios de sol
Silenciosa tal qual um caracol
Autora: Luciene Lima Prado
quinta-feira, 22 de julho de 2010
FEBRE

FEBRE
Vem da febre
O meu lamento
O meu tormento
Meu sustento
Vem da febre
O suor seco
Que escorre pelo meu corpo
Quase roxo
Vem da febre
Minha cicatriz
O mormaço
Do meu bagaço
Vem da febre feito cicatriz
O lamento do meu corpo
Seco de querer viver
No tormento de não ter porque morrer
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Descansou...
Ele queria voar...
Mas não sabia como alçar vôo.
Ele queria galgar...
Mas não tinha iniciativa de prosseguir.
Ele sentia amor...
Mas não sabia expressar tal sentimento libertador.
Ele queria se curar...
Mas a fraqueza dominou o que era forte e prevaleceu.
Ele queria ser feliz...
Mas as tristezas da vida, dominaram aquela alma ferida.
Ele queria ver a luz...
Mas em vida, não conseguiu enxergar.
A morte chegou...
E então ele descansou em terra fértil, no jardim celestial.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
A Gambiarra Profana no Cine Clube Digital com a poesia Angu
Poesia de Karl Marx, Sergio-SalleS-oigeS, Fabiano Soares da Silva, Rodrigo Souza e Lenne Butterfly.
Participam desta performance Dida Nascimento, Inon, Rafael Garcia, Fabiano Soares da Silva e Sergio-SalleS-oigerS.
Sob as lentes de Rodrigo Souza e Lenne Butterfly com edição de Sergio-SalleS-oigerS.
Guardiã
Eu guardo.
Sou sua guardiã.
Nosso pomar daqui por diante
Florecerá mais maçã
Se o pecado for essa fruta
Te guardo no seu fracasso
Mas a vida não é só acido
E por você o amor eu caço
Sou guardiã que floresteia
Sou guardiã que cultivo pedras
Sou guardiã que águaceia
Sou guardiã que te solta no ar
Porque guardo você de tudo
Menos do direito de amar.
Ivone Landim
Todos os direitos reservados.
domingo, 18 de julho de 2010
O protesto foi o tempo...
É tudo inópia!
Cata-lata

Cata-lata,
Tanta praga
Que se abate
Sobre ti:
Cata-lata,
Vira lata,
Deus de lata,
Tanta lata
Que enferruja
E te fere
Bem a mão.
Cata-lata
Que não fere
Não maltrata
Quem te fere,
Quem te mata.
Só suplica
E suporta
Catar lata,
Catadura
Do esmoler
Que te dá
Sujo cobre,
Suja gente
Que se pensa
Ser de prata,
Pura nata,
Quando é rata
Nos altares
Genuflexas:
Dura cata,
Dura lata,
Lá na Lapa,
Onde dormes
Contemplando
Catadupa
De astros mortos.
Cata-lata,
Esse Deus,
Essa gente
Que é de lata,
Tu não matas,
Mas se tal
Não fizeres
É porque
Já é lata
E não carne
Que te faz
Ser humano.
Salva, então,
O que em ti
Inda é carne,
Não de lata –
Consciência
Do que é lata,
Catar lata
E te mata,
Condição
Que enfim tu
Não mais queres
Aceitar,
A-catar! –
Catar lata...
Felipe Mendonça -
Todos os direitos reservados.
sábado, 17 de julho de 2010
ILHA DA VIRGEM MAGRA

ILHA DA VIRGEM MAGRA
Na noite do meu desespero
Amarrado ao tronco
Sinto as dores e as marcas da chibata
Enquanto as névoas levam meu barco
O barco da minha liberdade
Que entre névoas ganha o mar
Lágrimas cativas escorrem pelo meu rosto
Enquanto as névoas acabam por me afogar
Névoas que são chicotes
Sede sem holofotes
Corpo a sangrar
Liberdade perdida que ganha outro mar
São apenas névoas
Que invadem o coração
Névoas
Que o vento não leva
Névoas que embaçam
Meu canto
Escondem minhas dores
Naufragam meus amores
Névoas que habitam meu lago
Que abrem feridas
Que passeiam pelo meu corpo
Quebrando todos os meus cristais
São apenas névoas
Que camuflam meu horizonte
Que levam pra longe meu bem querer
Delírio do meu viver
São apenas névoas
Que o vento não leva
sexta-feira, 16 de julho de 2010
A Gambiarra Profana n° 7
Inauguração do Espaço África-Brasil em Belford Roxo


Tataio ao lado da gourmet do espaço cultural


Dida Nascimento e Ras Bernard

Suburbanda

Walney e Emerson da banda Inquérito

Everaldo Pires e Marcio Rufino

Pó de Poesia

Gambiarra Profana

A poeta Ivone Landim

Apresentação de Hip-Hop da banda Inquérito
Na noite de 15 de julho foi inaugurado mais um espaço cultural em Belford Roxo no bairro Farrula pertinho da E. M. Heliópolis. Trata-se do bar África-Brasil que tem a frente a figura de Tataio. Segundo Tataio, o maior objetivo é fazer do espaço um grande centro de articulação, discussão e interação entre as várias linguagens culturais e artísticas da baixada Fluminense como a música, a poesia, o teatro e as artes plásticas.
A noite foi embalada com shows das bandas Suburbanda, Inquérito, Nação Zumbi e as participações especialíssimas de Ras bernard e Walney que relembrou ao lado de Dida Nascimento os áureos tempos da banda negril nos anos 1990. O Pó de Poesia ao lado do Gambiarra Profana foram responsáveis pelas performances poéticas.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Casa dos poetas...
É um lugar cheio de riquezas
Cheio de cores, cheio de idéias e vida.
Saem pelas janelas em forma de furacão.
(Homenagem à todos os poetas)
domingo, 11 de julho de 2010
O A M O R

O amor é um parafuso
Que precisa preencher espaço
Ir além do buraco
E nele pregar a peça
O amor é um parafuso
Enferrujado, em desuso
E por mais que o meio meça
Falta sempre um cavaco
O amor é um parafuso
Pregado segura a arte
Ele vê de qualquer parte
O dogma, o sândalo; o obtuso
O amor é um parafuso
Cuja a fenda é o apertar-se
Por isso ao amar - ao dar-se
Esqueça o cobrar. Use-o.
Silas Correia Leite
Todos os direitos reservados
http://www.palavrarte.com/poemas_poetas/poemas_silas.htm
Sentido interno...
Levantaram a poeira, que eu achava que jamais sairia do porão.
A devastação foi tanta que o uivo do lobo que ansiava me devorar
Se perdeu no espaço, foi abortado.
Não se ouvia nem mais os ecos ao meu redor.
A vingança foi a perda dos meus cincos sentidos,
Eles caíram no chão.
Se misturou com a poeira grossa e astuta
Que afligia o meu coração e me tirava a direção.
A floresta da minha morada estava abandonada, exilada,
Sem direito a pedir revogação.
A cadeira velha que me levava ao passado cansou-se de mim.
Era inútil limpar-lhe a poeira, já estava sem eira nem beira.
sábado, 10 de julho de 2010
CASULO

CASULO
Acho que nunca me senti
Tão triste
Nunca me senti tão só
Como quando sai do casulo
Naquele dia que iniciei
Meu mergulho
Na árvore da vida
Na busca da minha sina
Nunca fiquei tão triste
Como no dia
Que não ouvi suas palavras
No dia que amanheceu
Sem nuvens
Para me entender
Nunca me senti tão triste
Como no dia que sai do casulo
Sem ouvir suas palavras
E rabisquei meu destino na areia
E depois dei meu último mergulho
Numa das noites que a solidão semeia