
O amor é um parafuso
Que precisa preencher espaço
Ir além do buraco
E nele pregar a peça
O amor é um parafuso
Enferrujado, em desuso
E por mais que o meio meça
Falta sempre um cavaco
O amor é um parafuso
Pregado segura a arte
Ele vê de qualquer parte
O dogma, o sândalo; o obtuso
O amor é um parafuso
Cuja a fenda é o apertar-se
Por isso ao amar - ao dar-se
Esqueça o cobrar. Use-o.
Silas Correia Leite
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