
SONETO EM AMARELO
Deixo-te a fragância da erva-doce
As sílabas aladas de um poema
O conforto seco de uma novena
Deixo-te tudo que comigo eu trouxe
Quando nas tuas idéais flutuantes
Vires minhas silhueta no orvalho
Ou na grandiosidade de um carvalho
Estarei no amor que tu me abranges
Da ausência que me faz presente em ti
Florescem surrealismos de Dali
Nos canteiros áuricos de Van Gogh
Naquela tarde, adiante de um iogue
Serei eu a rotomar sobre os raios de sol
Silenciosa tal qual um caracol
Autora: Luciene Lima Prado