Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
segunda-feira, 18 de junho de 2012
carochas, bicicletas & biplanos - 14
12 Jan. – 18 Jun.
Autor: Carlos Teixeira Luís
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carochas, bicicletas & biplanos - 13
23 Jan.
Os desenhos de Ramos Rosa trazem palavras descobertas na raiz do traço. Vão-se descobrindo a cada curva como uma lenta estrada de província. Às vezes estou no Alentejo e faz sol. Noutras vezes não sei onde estou e faz sol. Estar não me parece o verbo adequado para tanta inquietação mas é um verbo como outro qualquer. Senhor Ramos Rosa, as suas figuras femininas são tão divinas e suaves e doces. Como o seu sol, os seus desenhos, estimado senhor, deitam luz de sorriso, uma fonte que não incendeia mas enternece. Leva-me a colinas longe, muralhas, escarpas e dorsos de história. São tão belas as mãos, ágeis e corcéis de vento. Os desenhos de António Ramos Rosa, trazem pétalas deitadas com o perfume de brisa de um fim de tarde feliz.
01 Mar.
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carochas, bicicletas & biplanos - 12
22 Fev.
Não tenho uma história para contar. Uma história que seja relevante e interessante. Só tenho uma história banal para ser vivida. E é tudo.
29 Fev.
Estou farto da teoria impossível que é repetida sempre que se anseia uma parca teoria. Da postura que é aceite e é tão feia. Da palavra política, era bom ouvir duas pessoas a conversar, apenas isso. Do homem que é mulher. Da criança que é mulher. Da mulher que parece criança. Do rapaz que é mulher. Do homem que é cão. Do cão que come mulheres e da razão que acompanha a violência e o contrário. Da estupidez da morte e da sua beleza. Estou farto duma série de coisas que não o são. Mas chateiam.
01 Mar.
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que o vento arrasta, partilham-se por entre as núvens
no ocaso silencioso,
insites nos barcos a arder na baía,
insistes nas vozes que assombram as sombras,
insistes nos sonhos que eu não vislumbro, que não os meus
quão exaltados pelas síncopes do olhar.
Tudo e nada, como se o desejo prevalecesse,
assustam-me as coisas que sinto [que insistem].
Quando colas o verso pelo meio escaqueiro-me ao tormento,
recolocas as palavras que se reordenam sem pensar,
sem espantos, sem espantalhos,
e nesse contentamento teu que se me apega,
perpetua-se o esquecimento, que cá já não me pode alterar.
E insistes nos barcos, nas vozes e nos sonhos,
que não os meus.
Perdoa-me,
se me perco pela rota das açucenas em flor,
ou que me esqueça de ti por este instante apenas
[que seja].
Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)