
eu queria ver
não só o escuro
e as cores
do mundo
queria virar
de lado,
na cama,
e ver um corpo
pulsante
e etéreo,
com sexo frágil
ou forte,
me olhando
nos olhos dizendo:
tô aqui,
não vou embora.
Jorge Medeiros
(23-05-2010)
Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
Construí um Castelo.
No mesmo, havia um Príncipe e uma Princesa.
Só tinha dor...Mas as algemas se arrebentaram...E o castelo foi libertado.
Restaurado e autorizado.
A não mais padecer...E só querer crescer.Não tinha amor...O rio que outrora era seco, transbordou.Não tinha alegria...Mas a andorinha trouxe de volta o canto para nosso encanto.Não tinha paz...Mas a vontade de ser tenaz, nos trouxe sinais de chuva.
Chuva essa, que movimentou as águas paradas...E nos deu uma guinada na estrada malvada.
O Castelo está erguido, e não mais ferido.Restituído ele foi.
O Príncipe e a Princesa...
Era um casal normal, que almejava ser vital, nesse mundo de meu Deus...
Queria os seus na luz, e não no breu.E os incrédulos que os serviam e conheciam...
Passaram a crer em demasia, que um ser pode ter ousadia e ouvir a melodia.
A melodia da Vitória!
Camila Senna