Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
domingo, 28 de abril de 2013
"em porta,"
da tua venda.. toda criada a partir desta parte convulsão
ou aparente sentido de te trazer à tona: ilha, minha ilha
minha terra de planagens desfeitas e ilusões à revelia
cálida, breve, cipreste, tão.. penitente de distâncias..
tão exercício da divina providência que te trouxe a mim
ao meu erro parecido, minhas glórias e ditas-infâmias
ora, sou. este lado em disparate, porem é por ti, que vim
hoje, e sempre.. onde me for à resistência de te tentar
hoje, e amanhã. posto repente que te denota terra e mar
eu trafego este conto sonhado, aos meus livros trocados
eu entrego à palavra do teu corpo, auditório de pele e voraz
mesmo que te neguem estes ensaios, estes pactos de paz
são os meus espaços deitados ao teu arbítrio ilícito, imediato..
então,
deixa-me entrar!(ora, me convida..)
Soneto de Azke
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terça-feira, 23 de abril de 2013
Não há nada que possa ser feito...
que possa ser feito
Se há, não sei como
Não há nada a dizer
se há, não consigo expressar
Não há nada a buscar
se há, não sei a quem pedir
Não há luz e nem caminho
se há (e sei que há)
não vejo porque estou
na escuridão de mim mesmo
Mas lanço meu grito silencioso
E aonde estiver Deus
ou alguém que encontre meu escrito
que abra e leia: socorro...
Poema de byClaudioCHS
progcomdoisneuronios.blogspot.com.br
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domingo, 21 de abril de 2013
(abra-me) minhas orações são como cinzas na boca...
vou despir do cabelo o coque.
o mar, as velas, as nuvens, as pedras das ruas,
o fundo das próximas horas.
o fundo do rio que pego na minha mão
e ele... corre através de meus dedos e se (es) vai
me deixa a paz com palavras capazes de encher os lábios.
uma casa.
tento segurar-te para que se contenha.
o que não ouso dizer
eu me fundo.
escrevo sobre a água
a noite eterna.
uma fagulha...
eu caio na chama.
Poema de Vânia Lopez
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quarta-feira, 17 de abril de 2013
Mulheres brilharam no Sarau Donana de março
A poeta e agitadora cultural Ivone Landim apresentou o Sarau
Marcio Rufino
Ivone Landim é homenageada por Marcio Rufino
Doris Barros
Doris Barros, Katia Nardi, Ivone Landim e Cássia Cabral

O músico Rodrigo Araújo
Mulheres dançam o jongo
Ramide Beneret, Valnei Ainê e Dida Nascimento
Março foi o mês da mulher e o coletivo Pó de Poesia e o Centro Cultural Donana realizaram na noite de sábado do dia 30 o Sarau Donana - Coisas de Mulheres. As poetas Kátia Nardi e Claudia Valéria Mikelloti foram as poetas especialmente convidadas e junto dos poetas do coletivo Ivone Landim, Marcio Rufino, Camila Senna, Ramide Beneret, Doris Barros e dos ilustres visitantes Matheus José Mineiro e o grande Wellington Guarany do Poesia de Esquina deram o tom da poesia nesta noite abençoada por uma doce chuva. A magistral cantora Jussara Gomes e os músicos Bruno Oliveira e Rodrigo Araújo abrilhantaram e encantaram a noite com grandes clássicos da MPB e a Associação Palmares contribuiu com um show de capoeira e de jongo.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
EDEN / JAMES (Arnoldo Pimentel)
Onírico Mutante
sábado, 13 de abril de 2013
"plantio,"
outono afixado de condutas
jaz. às cenas de culpas
ao espaço considerável
qual um sonho/algo irreal
alheia fé que cheguei a crer
um presságio que não se vê
tal insone/máximo graal
ah! elegia de consumir-te..
qual fruta criada e fértil em verso
ah, devassidão que te espero..
ah, minha lima, bela Circe..
qual chuva afiada, projétil de sexo
ah, confissão.. eu. (já)não te nego!
³
²
¹
da forma como vejo, tal: lapso de água
à parede que me apregoa e me previne(acalma..)
à letargia.. dessa letra absurda, perante
após.. em novos conselhos ditados(de antes..)
eu entrego-te à minha letra em lâmina fria
qual demonstração oriunda de tolas-mentiras
eu elejo-te: face. de todas as faces e(a) mais
qual um ponto perdido que do teu corpo, (tanto)faz
eu te re-conheço.. minha amada providência!!
qual mensagem da maçã, de corpos e ventos
ao alheio palheiro de brados que me deixei queimar
ah, eu.. te desejo. em partes e (plenas)exigências
qual margem da invenção(livre) em cópula-exemplo
ao apreço, o meu terço e este pecado de te versar..
Sonetos de Azke
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sábado, 6 de abril de 2013
,noites, porque não dias inacabados?
,lava-me as mãos
como as de um judas,
ou satanás que seja,
mas deixa os meus lábios secos, gretados,
como a terra que hoje calco,
fala-me da voz em gritos, da praia que se perde
pela foz,
a sul,
neste nordeste de hoje, à míngua, à fome,
reduz-me, sem inspiração, ou tino,
ou verve,
à vista um farol que não existe, que definha,
e que se esconde pelo mar,
cousas assim,
negações, tantas tormentas, alguns sonhos
encrespados,
suores,
noites, porque não dias inacabados?
,e relembro-me das cinzas, dos incensos,
das vertigens em pétalas vermelhas,
sangue,
das palavras que fogem, morrem
ainda no ventre,
afogadas, pisadas por outras maiores,
e fui por aí, ultrapassando horizontes como um cometa louco,
símile a um cavalo
com o freio nos dentes, rangendo,
repara nos nadas que cercam as margens,
tanta a inundação, as vísceras
inchadas,
os visos enrrugados sem unções, sem viços,
que os vícios não resistam, nem se acobardem,
promete-me,
a oliveira, a mirta, o alecrim,
o verbo,
mas rasga-me os fragmentos
desta rododáctila saciada
de regressos sem trevas,
sem as porras das sombras enfileiradas,
reconstruo o outro que não me larga.
E canso-me do páramo, do firmamento,
do ocaso,
destes círculos cortados pela metade,
das viagens que se prometem sem finais,
tantas as miçangas guardadas
tantas as cores que me acorrentam,
que depois fogem sem deixar traço,
perenes as peregrinações,
não há viagens sem final,
nem provectos começos,
perguntar-te-ei por um mar de sargaços,
por um adamastor escondido, em fuga
dirás,
ou pelos crepúsculos que me ardem
a memória,
quão perto dos pássaros que regressam,
senti-los-ei sem carícias,
enquanto a sica me penetra no silêncio.
Digo-te, lava-me apenas as mãos,
e deixa-me sonhar com as sílfides
que me empurram,
assim,
tão perto de tão longe.
(II)
,nós mesmos, no dia acabado, gasto,
nós mesmos distantes de um qualquer
cabo de tormentas,
[apenas, nós mesmos].
Poema de Francisco Duarte
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segunda-feira, 1 de abril de 2013
Reação...
para sempre...
Gritaria ao corpo:
"Atenção! É hora de reagir!"
e isto, por si, já seria reação
mas, reação, é a última coisa
que encontraria, agora, em mim
Como mover-me?
queria encontrar
meu controle remoto
ou ser o artista, escondido,
que ministra os fios do boneco
do teatro de marionetes
Que leveza, a do boneco!
Que inveja dos seus movimentos!
Não são voluntários, mas move-se!
Não tem movimentos próprios,
reconheço,
mas tem quem o movimente!
E este é meu sonho
de consumo daquilo
que me consome
neste momento:
movimentar-me...
Não lamento isto
como o caos universal
ou como se fosse o mais
infeliz dos mortais.
Não posso dizer isso,
Deus não merece ouvir
isso
de mim,
porque tenho sorte,
alterno estados:
deito, levanto,
choro, me alegro,
calo, falo,
apaga-se a luz,
ascende-se a luz,
raciocino, travo,
movimento-me, paro,
sou um ser pensante,
sou uma ameba,
mas neste liga, desliga,
ascende, apaga,
tenho a felicidade de
poder viver, experimentar
momentos de alegria extrema
e doeu-me a consciência,
agora,
no meio deste
texto-lamento-poema-justificativa
reação-desejo de reação-divagação
ou sei lá, o que é
o que seja,
se é que é alguma coisa,
mas...
pelo menos estão vendo-me
de longe,
pensando que estou
trabalhando,
porque o barulho
dos dedos batendo
nas teclas
é alto, frenético,
sugere que
estou sendo produtivo,
o que é uma beleza.
Mas vão-se, assim,
os dedos,
bailando sobre o teclado,
porém, queria, mesmo,
era levantar-me...
doem-me as costas,
a coluna,
três horas e meia
sentado,
na mesma posição,
olhando para a tela,
olhos estalados,
dormência sem sono,
mente apagada,
e o gerente
do corpo, que,
coitado, ele mesmo
já velho e cansado,
doente, precisando de cuidados,
acordou com o sinal fraco
que veio pela rede neural
e, já (semi) acordado,
com recursos rudimentares,
imprimiu
um relatório meia-boca
e identificou o
(possível novo) problema:
dor na coluna cervical,
região lombar,
próximo a bacia.
E agora esse pobre
órgão chamado cérebro,
que já está até cinza,
coitado, de tão velho
(tudo bem, tudo bem,
sempre foi cinza,
mas agora está, pelo menos,
um pouquinho mais escuro,
pode ser...?)
nas pequenas pausas,
entre tosses e espasmos
de suas crises asmáticas,
sua voz rouca e cansada,
tenta mover o corpo
como um todo,
antes que o sinal de aviso
da coluna
torne-se um (novo)
mal irreversível.
E envia
seus comandos:
-"Corpo, mova-se...!"
-"Corpo, levante-se..(arfh..!) (cof!)(cof!)..."
-"Vá tomar uma água..!"
-"Vá ao sanitário, estique as pernas...(arfhh!)..."
Comandos...
bom.. (...)
valorizei muito
a boa vontade do cérebro
ao dizer que envia "comandos"...
pobre coitado,
não delega funções
pois já não manda: pede.
O tom de sua voz
não é de quem ordena,
mas pede favores,
suplica...
Bom... mesmo assim,
me vi feliz
no ato de escrever
tudo isso aqui,
porque vamos assim,
uma hora não vamos,
e outra hora vamos,
mesmo que no tranco,
e outra hora, ainda,
vamos como se
nunca tivéssemos
deixado de ir.
Mas posso dizer: sou feliz.
Pois lembrei-me nesta hora
dos deitados e/ou sentados
permanentemente,
dos que nunca levantaram-se
ou já andaram, mas, (clinicamente)
jamais andarão novamente...
e assistidos pela mão de terceiros
vão-se, quando muito,
empurrados ou empurrando-se
a si mesmos
em muletas
ou cadeiras-de-rodas.
Eu queria, agora, ser
um ser
abstrato
e poder encontrá-los,
ao mesmo tempo,
na beira de cada leito
e cobri-los, a todos, com um beijo
Mas...
não posso,
sou humano,
preso ao meu espaço,
preso ao meu tempo...
Mas, quem me dera...
que essa Áurea Celeste
que já me ouviu,
que estou sentindo-O tão
próximo de mim,
que já salvou-me tantas vezes...
possa encontrar, agora
e envolver
com seu amor,
cada um que traz
dentro de si,
um gemido,
mesmo que
contido,
calado,
escondido...
Já volto,
vou esticar as pernas e beber uma água...
Autor: byCláudioCHS
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