Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 25 de outubro de 2009

A morada dos raios de fumaça


Pasmem os amantes da paz, pois eu a conheci em meio a uma guerra: Linda, irresistível, simplesmente maravilhosa com seu traje branco amarelado pela poeira da estrada.

E com sua cútis tão branca quanto a pureza dos arcanjos celestes, que se alimentam de luz, ela fisgava a curiosidade daqueles que ansiavam encontrar a felicidade. Como eu fazia parte desse ansioso-desesperançado grupo, não me contive, quis logo me aproximar para sugar seu doce perfume que era tão forte quanto toda nicotina e poluição contida no ar.

Em pouco tempo nos unimos. Ela já controlava meu cérebro e adoçava meu sangue; éramos um só ser: “O corte e a navalha suja de sangue numa noite de chuva”.

E em nome de nossa união comecei a viver somente para ela. Passamos a ser fiéis um para com o outro e infiéis para conosco. Eu fui expulso de casa, briguei com os amigos, comecei a roubar e a me prostituir para sustentar o nosso romance.

Hoje faz onze anos que o nosso amor começou, vivemos isolados do mundo porém vivemos juntos, isso é o que nos importa; é isso o que nos faz felizes...

___ ... não é mesmo, cocaína, meu amor?

(Sergio-Salles-Oigers)
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2 comentários:

Sergio-SalleS-oigerS disse...

Cara, não é por nada. Mas que ilustração é esta?

Arnoldo Pimentel disse...

Texto muito original.Parabéns poeta