Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 8 de junho de 2010

Ficções




Eu quero todos os sonhos
Eu quero toda as ilusões
Eu quero toda as mentiras
Eu quero toda as ficções.

Que venham os reis
Que se intrometam as bruxas
Que apareçam as princezas
Que renasçam os magos.

Vamos brincar de tudo
Que aceitemos as verdades lúdicas
Que trespassam o insosso da realidade
E sejam elas de utilidade pública.

Que o pensamento seja a máquina do tempo
E o chão palco abençoado
Onde nós atores indisciplinados
Captemos ondas de gozo e burilamento

Os personagens que ainda não nasceram
Se despregaram um dos outros
Onde até então se roçavam nus e inconscientes.
Que eles tomem pensamento, corpo e roupa.
E partam para a ação intensamente.

Não os conheço, mas eles já gritam em meu ouvido
Querendo que eu dê-lhes a luz com meus dedos e minha mente
E eu finjo que os ignoro, enlouquecendo-os
E eles me enlouquecendo num só gemido.

São piratas, prostitutas, imperadores,
Gays, padres e doutores.
Monstros, príncipes, bandidos,
Donas de casas, crianças e mendigos.
Anjos, duendes e anônimos,
Fadas, ninfas do bosque e demônios.
Malandros, homens sérios, falsos morenos,
Verdadeira louras, falsas virgens, nós mesmos.

Marcio Rufino

3 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

À fantasia!

Um abraço,
doce de lira

Felipe Mendonça disse...

Muito bom este poema, Márcio. Gostei. Grande abraço

Marluce, em palavras disse...

Oiii!


Que apareça Marluce, eu não podia ficar de fora,uma porque que gosto de "Ficção", outra porque gosto de poesia, muitas porque gosto do que escreves!

Parabéns!