Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fim de Festa





É bom me ver aqui feliz
nesse fim de festa
mesmo que isso não faça diferença.


É triste saber que houve os vencidos
nesses longos momentos vendidos
nestes grandes ventos medidos
dos mares do sul.


Mas danço com o ritmo da música.
Me olhando no espelho.
Controlando o grito do corpo.
Observando o movimento dos membros.


Busco em mim o que chamam sensual.
Trago em mim o que chamam natural.
Que toda vida tem,
que todo ser humano provem.


Solto o meu corpo pela imensa sala colorida de luzes de boate.
E o carnaval enxerga que o meu mal
não é nada perante essa mísera discórdia.


Sinto ainda ver cães, gatos e ratos
comendo na mesma mesa e no mesmo prato.
Rindo de nossas tragédias.
Chorando de nossa comédias.


Mostrarei o que guardava oculto em minha máscara negra,
pois sempre procurei em mim esse lindo beija-flor azul
dentro do horrível urubu que é o meu rosto ao nascer do sol.


Fui seqüestrado pela vida
e resgatado pela razão.
Não sou romântico, mas realista.
Não sou lúdico, mas otimista.


Lindo é saber que, apesar do desencontro,
fazemos todos nós parte do desequilibrado equilíbrio do meio ambiente.
E a morte do silêncio que vive entre nós
desgovernaria a harmonia existente,
destruiria a paz vigente
no fantástico universo da minha ilusão.


Agora vamos nos dar as mãos
e entrar nesta imensa roda
que o amor fez para nos unir.


E que minha luz clarividencie todo lado obscuro.
E que o mundo todo caiba em cima do muro
sem tamanho nem largura que é o coração de Deus.


Que venha uma chuva de água doce.
Tão doce como minha falsa lágrima
que corre deitada na pele
riscando o rosto e desaguando na boca.


Viva a redenção da vida.
Viva o sorriso da meretriz.
Viva a cicatriz da ferida.
O que a gente quer é final feliz.


Marcio Rufino

Um comentário:

Luciene disse...

Bem linda sua poesia. Parabéns.

Eu gostaria de postar um poema aqui, mas não sei como.

Abraços.

Luciene Lima Prado