Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Morro-me
Em cada alegria, em cada desgosto
Em cada copo vazio
Morro-me de fome pela barriga cheia
Morro-me
Num sol-posto, numa chuva em pleno Agosto
Num cálice de veneno que se bebe como vinho
Num suspiro prolongado
Morro-me por centímetro quadrado
Morro-me em milhas, em polegadas
Nas encruzilhadas dos caminhos
Morro-me em quarteirões, em alqueires
Morro-me em Alentejos tão grandes como Minhos
E nesta consciência de que me morro satisfeito
Tiro-me medidas, escolho a madeira
Faço um poema do melhor tecido
Fumo-me
in: «Os poemas não se servem frios» Temas Originais 2010
Poema de José Ilídio Torres
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