Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Retrato

Queria que você ainda fosse a mesma criança pra eu te amar novamente.
Queria encontrar o mesmo sorriso em seu rosto...
Quem sabe tudo seria diferente?
O retrato amarelado diz que o tempo passou rápido demais e sequer me esperou... E eu fiquei para trás.
No entanto seus olhos não perderam o brilho; Continuam iluminando meu estranho caminho.
O coração congelou e a alma partiu arrastada pelas águas do rio...
E eu fiquei só. Eu e você no retrato amarelado.
O sofá marrom, seu short curto e camisa xadrez.
Deixe-me mentir que você é a mesma criança.
Deixe-me inventar qualquer esperança...
Porque o sol ainda toca teu rosto e o céu finge não ver tantos desgostos...
Eu ainda posso ouvir a chaleira apitar e posso ouvir suas risadas no jardim...
Não! Não jogarei seu retrato na fogueira. Te esquecer? Nem que eu queira!
Um anjo sempre vem me ver, larga meu cálice de fel e vai embora;
Já nem olha mais em meus olhos; Cabisbaixo, chora do lado de fora...
Enquanto eu fico só... Eu e você no retrato amarelado.
Eu e você e um coração despedaçado...

Poema de Léia Carmona

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