Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 7 de março de 2012

[nos reflexos do sorriso]

Cantam-me as manhãs de luz,
iluminadas,
e nos reflexos do sorriso, teu,
desapareceram as ansiedades, minhas,

mudam-se os ventos, molda-se
o barro, e da água constroem-se
castelos de núvens que ficam
como os de areia, aguardando.

Aguardo-me no tempo da viagem,
que o tempo me esqueça,
que março termine,
que o mar acalme,
e nestes tempos que o tempo
tenta desfazer,
brotam corais nas lagoas paradas,
trotam cavalos loucos pelos
campos de linho,e o sol
destapa-se da noite em aurora.

Posso não compreender as faces
do mar, nem as alturas das ondas,
nem o cantar da baleia azul,
posso,

do tempo que me escasseia olho-o,
sem temor, sem nostalgia,
que o raio seja breve,
e que da terra sem margens
ou barreiras, sossegue a flor de lótus.

No sorriso, só teu,
ficou o olhar, só meu,
e,
no tempo de todo o sempre tempo,
se encurtem as viagens,
que regressem as andorinhas,

por fim.

[Afinal, a tua primavera, está tão tatuada em mim],
[...]
final: nada mais me interessa,
resta-me o mar, e o som de um violino,
que o tempo então, me esqueça.


Autor: Transversal

Nenhum comentário: