Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 12 de junho de 2012

carochas, bicicletas & biplanos - 7


Eva - Anda, deita-te.

Ivan - Não consigo, as costas não endireitam…

Eva - Oh, céus e agora…

Ivan - Ajuda-me só a deitar-me de lado. Empurra-me.

Eva – Oops … e agora?

14 Mar.


Ivan - Eva?

Eva - Ivan, onde estás?

Ivan – Aqui. Olha para baixo. Acho que está a passar. Chamas o médico?

Eva – Mais uma injecção. Tens de pensar na operação, Ivan. Não podes continuar… assim.

Ivan – Tenho medo de ficar impotente ou paralisado. Tu sabes. Vou aguentando.

Eva – Isso é aguentar?

Ivan – Agora deixa-me só ficar aqui um pouco…

Eva – No chão?!

Ivan - … enquanto o médico… Fico aqui à espera de Godot.

Eva – Oh, não comeces… Vou já ligar ao médico. Sabes que horas são? Vou trabalhar daqui a 2 horas.

Ivan – Falta hoje por mim. Diz que estás doente.

Eva – Doente, eu?

Ivan – Sim, das costas e que esperas o médico. Que não te podes mexer. Depois telefona para o meu trabalho, diz que tenho de ficar contigo enquanto o médico chega.

Eva – Porque não ligas tu?

Ivan – Mas eu não me posso mexer. Tens de ser tu.

Eva (liga) – Estou, doutor Samuel? Por acaso não se chama Beckett também? Estou?

(risos)

12 Jun.



Autor: Carlos Teixeira Luís

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