Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 16 de junho de 2012

[... do anti-verso que se exaspera



do anti-verso que se exaspera, como o alazão
puxado pelo freio, se quedam as palavras indomáveis,

mesmo as que carregam as cores,
mesmo as que carregam os sons,

e das nenhumas imagens que desejo, [consigo] visionar,
tropeço nos desassossegos,
nos recantos que ficam por preencher,
nas pedras angulares que nada sustêm, nem pós.

Explica-me os labirintos de mim por onde me perco,
explica-me o sorriso,
explica-me o inexplicável, por onde me desnovelei inda agora
nesta maré de sizígia que jamais vogará
pelo poema afora. Desnuda-me.

Adensam-se os cirros em círculos que envolvem os lábios
que imagino entreabertos,

confesso-te;

dormiria ao relento nos labirintos por onde me perco,
se as tuas mãos me escorassem.


Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

Nenhum comentário: