Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 31 de julho de 2012

Origami

Como em um dia de descuido que aventa por entre meus pensamentos, essa tarde em que decidi desistir de tudo. Estou como uma folha pousada na beira do canal, dentre tantas misturadas na calçada. É um dia comum, com nuances de céu avermelhado crepuscular e as ondas soçobram seu vai e vem manso lambidas pela brisa preguiçosa. Minha alma não está mais intacta, fora despedaçada, bem como, foi partido ao meio o nosso acordo de não nos magoarmos.
Fico observando o sol indo deitar-se sentindo o carinho da noite nos cobrindo como amantíssima mãe. Percebo que já estávamos embriagados pelo orgulho e dormiremos o sono do absinto eterno e só despertaremos quando os sonhos escancararem as suas janelas para que dentro deles possamos saltar.
Deixo que o vento me varra por dentro e por fora, me arremessando nas pedras desalinhadas e pontiagudas que me vincavam e me marcavam em dobraduras. Quem um dia não se sentiu um origami nas mãos do destino, que me julgue e me condene a voar esse vôo solitário.
Estou aqui como em vestimentas de pássaro colorido ensaiando seu primeiro vôo no abismo, salve-me antes que eu me atire para bem longe de ti!

Autor: Lápis sem ponta

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