Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
,a sombra do castanheiro dança ao vento
,como o céu pela noite é monótono, negro sem os riscos de estrelas-cadentes,
rápidas, sem avisos, silenciosas,
esvoaça o perfume do jasmim noturno que penetra, invade.
Escapa-se-me a fuligem do crayon por entre os dedos,
impressões digitais que ficam no papel,
sem letras, ou exclamações, ou perguntas,
,retiram-se alguns momentos, algures
partilhados, a sombra do castanheiro dança ao vento,
nas raízes nascem cogumelos descoloridos,
(II)
,relegam-se fogos que consomem vénus pela manhã,
desejos, ânsias,
e os sons transformam-se, acicatam cavalos imaginados,
loucos, sem destino, sem crinas,
finda
a noite.
Poema de Francisco Duarte
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