Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 22 de junho de 2013

Silvano e Taís

Irmã,
Eu beijo a serpente
Eu mordo a maçã.

É quando acordo
Pela manhã
E estás nua
Na minha cama,

É quando acordas
E me falas
Das náiades,
Dos bosques e romãs.

É quando vejo
Que guardas
Entre as pernas
As nossas horas
Mais fraternas,

É quando me ofertas
A flauta de Pã,
A noite
E as cortesãs,

É quando dizes
Que odeias o Tebaida,
E que tua casa
É a opulenta Alexandria,

É quando confidencias
Que enganaste
O monge cenobita
E que jamais deixaste
De ser uma hetaíra.

É quando me despertas
De um quotidiano
De culpa e engano,
Bafejando-me,
Junto a cascatas e fontes,
O alegre nome:
“- Silvano, Silvano, Silvano...”

Oh, irmã,
És Taís
A devolver-me
A meu verdadeiro país!

Felipe Mendonça -
Todos os direitos reservados.

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