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E se de repente um casal de santos se beijassem?
E se de repente se trafica-se carícias de graça?
Se de dentro das armas saíssem massagens?
Se bandidos e policiais trocassem sorrisos no meio da praça?
Entre uma meia-noite e outra.
Entre um meio-dia e outro.
E se essa bela noite fosse eterna?
Se essa minha coragem de amar fosse constante?
Se a sua mão não saísse da minha perna?
Se juntasse esses desejos num só montante?
Entre uma meia-noite e outra.
Entre um meio-dia e outro.
Se a lágrima ao ouvir uma canção romântica não rolasse?
Se o sorriso ao ler as manchetes de jornais abrisse?
Se o espanto dos absurdos da vida não machucasse?
Se a tranqüilidade de dois corpos assumindo o mesmo espaço existisse?
Entre uma meia-noite e outra.
Entre um meio-dia e outro.
Se todo abuso amoroso fosse saudável?
Se toda morte fosse seguida de um renascimento?
Se todo pecado fosse facilmente perdoado?
Se toda pequenez fosse seguida de um crescimento?
Entre uma meia-noite e outra.
Entre um meio-dia e outro.
Marcio Rufino
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Um comentário:
Sua poesia é linda e bastante sonhadora,ós poetas sonhamos demais e não podemos deixar de fazê-lo. Pena que o 'se' não existe! Abraços!
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