Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Poema Pardo
que não vim do útero da senzala
e não tive uma afro infância
Dizem que as linhas dos meus versos
não foram traçadas pela chibata
que estou fora do Queto
Dizem que minha Aruanda
é minha Atlântida imaginária
Por isso trago a escrita nômade
parda e ordinária...
Dizem que sublimei o odio do sinhô
que meus versos sincretizam
sem o purismo e a virgindade da
raça...
Dizem que meu Okê Cabloco
não tem as flechas de Oxossi
E que a Mãe Oxum é por demais
açucarada...
Dizem que meu São Jorge não é
aceito pela espada de Ogum
Logo não terei uma afro velhice
morrerei sem pátria, pálida ,parda
e nômade...
Contudo Oxalá editou meus versos
Nenhum comentário:
Postar um comentário