Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 2 de junho de 2012

[...quando esqueces as palavras



quando esqueces as palavras pela noite tardia,
tacteias à deriva pelas marés os sons dos sussurros,
que,

fugitivos,

se escondem pelas frestas da parede em madeira,

e por mais que queiras adormecer,
os ventos esculpidos no teu peito perscrutam,
aquelas outras ondas que dançam em mim.

Também eu me morrerei sem lápide, nesta imanência longe de mim,
desconhecida, que me oprime,

e se o amar um dia se saciar, mesmo sangrando
das palavras que esqueceste pela noite tardia,

que siga as migrações distantes da borboleta monarca
que um dia sobreviveu ao inverno.

Hoje o dia amanheceu mais cedo, sequioso de claridade,
o mar ficou mais vazio sem ti,


[que o olhar dos barcos esteja sempre pintado na proa].



Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

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