Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 17 de julho de 2012

carochas, bicicletas & biplanos - 27

Rolling Stones. Agrada mas também chateia. Já lá vão uns anos, penso que Junho de 1990, quando tu ó Mick te abanaste como um macaco no estádio José Alvalade, o antigo, o que tinha a pala de cimento a cair, podia ter caído naquela noite tendo em conta o barulho que fizeram os então desconhecidos Gun na primeira parte, o público só rejubilou, naquele frenesim de concerto de multidão possessa com o seu quê de religioso e demente, quando o guitarrista solou um pouco do Satisfaction, já lá vão uns anos, quando te vi a abrir o concerto com as tuas mãos grandes numa espécie de dança e o resto da trupe parados a tocar e mais os bonecos insufláveis, um deles um cão que Mick decide picar os testículos com uma forquilha insuflável, tudo parte do espectáculo, no fim o corredor da bancada central onde estava arrumado tilintava com as muitas latas de cerveja espalhadas, valeu a pena ver e ouvir e cantar os velhinhos palhaços do rock na sua representação de estilo-junkie que perpetuam faz décadas, embora fosse a digressão à volta dum álbum sofrível e falhado mas o reportório dos glimmer-twins tudo aguenta e suporta, e não é que fizeram cinquenta anos de concertos, começando na estreia em 12 de Julho de 1962 no Marquee de Londres até agora em pleno século XXI, o século das naves espaciais e das viagens intergalácticas, pensávamos nós nessas décadas anteriores, pode ser que ainda venha a ser, por enquanto é o século da queda de todas as utopias – as que restavam, que não eram muitas e o século das grandes crises económicas, de valores, até aos limites não conhecidos e até se inventar novas expressões para classificar situações extremas nunca antes vividas, esperem que as expressões não tardam, e os rolling stones continuam, o que é uma espécie de milagre que agrada mas também chateia.

Jul. 12

Autor: Carlos Teixeira Luís


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