Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 24 de julho de 2012

carochas, bicicletas & biplanos - 32

Oh, a música Jazz. Será uma filosofia? Bem, na verdade não existe um género chamado música jazz. Desde que o termo foi inventado o conceito alterou-se e irá continuar a modificar-se. No fundo, continua a ser música de improvisação, seja com que instrumentos. Ensinamos às crianças de que um grupo de músicos composto por um baterista, um pianista, um baixista, um ou mais saxofonistas ou trompetistas, são um grupo de jazz. E se tocarem Bach pela partitura? Ou se tocarem música para filmes, para baile, apenas música, serão sempre um grupo de jazz? Não, a menos que improvisem e trabalhem qualquer tema, desmontando e montado-o de novo. Mesmo que seja um baterista, um baixo eléctrico, uma guitarra eléctrica e um vocalista cabeludo. A grande qualidade da música jazz é que é progressiva, mutante, sempre em movimento, intemporal, sem barreiras, sem credos, multirracial, sem fronteiras, aberta, livre e o que mais possamos pensar. Coltrane nunca gravou ou deu um concerto repetindo uma faixa sequer. Miles Davis nunca parou de se modificar até morrer, melhorando ou apenas fazendo diferente. Sonny Rollins continua a fazer isso sempre que grava ou dá um concerto, se é que ainda o faz mas transforma-se constantemente por décadas. Dexter Gordon nunca deixou que o alcoolismo lhe barrasse a criatividade e para o fim ficou saborosamente lento mas sempre brilhante. Um grupo de jazz pode ter músicos de qualquer idade, de qualquer cultura, interpretando qualquer tema, usando a linguagem reconhecida por todos, a melodia, a harmonia e o ritmo, enfim a linguagem da mãe das artes – a música. Se não é uma filosofia, improvise-se uma filosofia e já. Mas claro já foi inventada e não foi hoje. Transformemo-la mais uma vez. Um pouco eu, agora tu e depois os outros. Repetimos o ciclo tantas vezes quanto o sol se põe e nasce novamente.
Jul. 12

Autor: Carlos Teixeira Luís

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