Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 4 de março de 2010

Invertido

Que tal peixes voadores
Constelações marítimas
abastados os sonhadores
gananciosos como vítimas?

Que tal pólos quentes
trópicos glaciais
hipócritas impotentes
honrados ascensiais?

Que tal desertos floridos
florestas obscuras
sensatos preteridos
impulsivos de estruturas?

Que tal larvas no firmamento
asteróides vulcânicos
estrategistas sem discernimento
humildes titânicos?

Que tal um novo mundo
de humanos invertidos
com vistas no profundo
só ao amor convertidos?

Giano
Todos os direitos reservados.
O mar
mareia
mareja
os meus olhos...
de tanta
beleza?

Não!
É do sal
mesmo
que me
arde as
vistas!

Jorge Medeiros
Todos os direitos reservados

Único

Nenhum clarão e artifício pirotécnico
iluminam tanto nossas faces
quanto a ebulição intermitente
acesa no beijo, na navegação palmar
sobre o oceano epidérmico
e na penetração visceral do amor.

Sincero, sensorial
profundo e permanente.

Ofuscantes sorrisos
de nitroglicerina hormonal.

Fenômeno único
como único é o prazer de amar.

Giano
Todos os direitos reservados

Conecção

Conectar-me
Exigem-me
Com a internet
Com o novo
Com as tribos...

Minha conecção
É a ausência de tudo
É o trancafiar-me
Dentro de uma alma
Que não é minha.

Minhas conecções
São apenas
Conjecturas.

Jorge Medeiros
Todos os direitos reservados