Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 10 de maio de 2012

As Gôndolas nas grandes luas de Plutão


Há quem
te veja presa ao anoitecer dos ramos:
os relâmpagos vão a escrever nos rosários,
quando se despenham até às novas tabernas
no centro de uma nuvem.
Há quem te veja presa
ao anoitecer dos ramos: perde-me outra vez,
hoje, suavemente, perde-me os teus
copos de lagos frágeis ou um altar
de mães nestas estações rápidas;
se fores pelos rios, verás o tardio Junho
numa noite de casas, a dele, a nossa, uma
estrela agarrada a um ramo quase a
desfazer-se, luminosa, sobre
a noite


Poema de Francisco Eugênio Seixas Trigo