Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sábado, 11 de maio de 2013

Até que surjas com a alva, querida...

Antes...

busco-te, incessantemente, querida
porque não vens, cobrir-me, agora
com teus beijos, carícias, delícias,
aliviando o amor que aflora

ah...! Verei-te, verei-te, ataviada...
coroada com flores e honrarias,
subir, com majestade, as escadas,
sob vozes: "Deixai subir a rainha!"

haverá na terra, melodia suave
e, no céu, revoada de andorinhas,
E com essa alegria que já não me cabe
Beijar-te-ei e direi-te: "És minha..."


Durante...

Acordai, gorda preguiçosa, vadia
que ronca como uma porca medonha
vai lavar aquela louça na pia
ao meio dia ainda babas na fronha

escovai, urgentemente, os dentes
teu hálito causa-me ânsia de vômito
ah, e tens asseado-te recentemente?
ou lembras a data do último banho?

como enfada-me tua presença
tento descobrir o que vi em ti
saio, se vens, sem licença
quando apareces penso em sumir


Depois...

Sr Juiz, quero nesta partilha
a posse de todos meus bens
pagarei, de bom grado, à três filhas,
a pensão que lhes convém

soltas as amarras, estarei livre
para envelhecer com dignidade
e a alegria que à muito não tive
me espera nas praças de toda a cidade

Ah... só, enfim só! que alegria...
Daria poesia se eu fosse poeta...
Mas, pergunto, agora, nesta cozinha,
quem lavará as minhas cuecas?


Bem depois...

Até que ela era legal, penso assim,
não sei se é saudade ou nova paixão,
mas, será, que, hoje, aquela infeliz,
está feliz com o Ricardão?

...


ByCláudioCHS


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