Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 23 de julho de 2012

[...leva-me pela mão até onde as roseiras bravas


leva-me pela mão até onde as roseiras bravas
tapam as trilhas empedradas. Leva-me

até ao rio que dizias nascer no salso mar,
onde as lágrimas ficavam à superficie,
e um solitário arco-íris escondia os cintilantes refúgios lá longe.

Leva-me assim.

Deixa este corpo exausto, tão singrado sem rota,
arrojar-se do cendrado promontório
sentindo os aljôfares da fria noite.

Leva-me assim.

Quão longe hoje sou dos nossos sonhos pela excelsa
primavera algures no tempo,

e se conseguisse regressar-me um segundo que fosse,
pedir-te-ia:

- leva-me até onde as roseiras bravas libertaram
o aroma teu, que ainda hoje me inunda.


[Leva-me contigo, assim, só].


Poema de Ricardo Pocinho

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