Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 1 de abril de 2011

O abandono

Eu sou João. Mas se olho no espelho, a imagem que vejo é aquela do demônio. A besta fera de sete cabeças, as bocas cheias de grandes dentes pontiagudos. A dor é imensa. A baba escorre pegadiça de minhas bocas. A dor é intensa. Os globos vermelhos saltam de minhas órbitas. A dor é insana. Sou meu próprio labirinto aqui na ilha de Patmos. Para descer de onde estou - para dentro de mim - percorro uma miríade de escadas através de nuvens, repleta de bifurcações. Sigo passagens por entre estranhas formações de vapor. São as minhas próprias entranhas. Essa é a única mística na qual ainda acredito. No passado dessas paragens - que agora nada mais dizem - um estrangulamento do tempo colapsou o eterno porvir, naquele que é. Observo a noite. Observo as estrelas. São tão belas! Mas estão ausentes. Por que nos abandonaste? São inextricáveis possibilidades de seres. Desdobramentos da existência. E não adianta lutar: habita-me o devaneio. Um remoinho sobre minha cabeça. (Não eram sete?)


www.jorgexerxes.wordpress.com

Texto de Jorge Xerxes

Me dei o amor...

Camila: a Senna


Eu posso tudo no meu poema.
Posso tudo que vivi.
Dou-me de novo os tapas que tomei.
O tiro que não me atingiu.
A erva que não me matou.
O feitiço que não me derrubou!
Eu posso! Posso tudo no meu poema!
Agora eu quero viver!
Quero gozar,
Quero me dar o presente mais prazeroso...
Que a vida bonita demorou a me dar...
O Amor.


(((Camila Senna )))




SERÁ? (Samantha Barreto)

                                               
Autora:  Samantha Barreto
Blog:  http://marvelousdreams.blogspot.com

Não vale mesmo nem sequer um suspiro,
mas me arranca montes e montes deles.
Não entendo esse tamanho poder.
Talvez eu seja obrigada a acreditar,
que estamos mesmo destinados a ficar juntos.
Pois então, se me pertence, por que não fica de uma vez?
Por que não fica, e me tira essa dúvida.
Será você, minha lagosta