Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 5 de maio de 2013

Qual de mim sou eu...?

Aqui, o poeta
não é simplesmente
um gênio do conhecimento
dos sentimentos humanos;
na verdade,
não há gênio
(e nem conhecimento),
o que se passa
é que não passo
a palavra
a personagens,
nem empresto a voz
a ilustres heterônimos:
dividem-se, em mim,
dois pólos,
que não se comunicam,
não dividem o espaço;
cada um,
a seu tempo,
preenche-o completamente,
assenhoreiam-se,
dominam-no,
como se não tivera
outro dono.
São pólos inconciliáveis,
incomunicáveis,
incompatíveis de gênio.
Senhores de si
e as vezes de mim,
confundem-me,
são cheios de razões.
Não sei o que sou,
são parasitas...
alimentam-se
da minha consciência
e só percebo
que não são eu
quando se vão,
mas... alternam-se
tão rapidamente
que nem tenho tempo
de ser eu mesmo...
Eu? Desculpem-me:
quem sou eu...?
Não sei...
Só sei que não sou eles
(mas também não sou eu...)
pois no curto espaço
de tempo
em que se ausentam,
sou apenas
o vácuo,
vazio absoluto...
Deus, olha pra mim...
e cura-me!
antes que julguem-me,
e condenem-me...
porque
ninguém
irá
exorcizar
o que não são
possessões,
mas dualidades:
euforia e medo...


Poema de byClaudioCHS


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