Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Críticas de um Louco" com o Art'encena de Teatro.





O grupo de teatro Art'encena de Teatro de Belford Roxo, estréia dia 26 de agosto no Teatro Princeza Isabel no Leme às 20:00 a peça "Críticas de um Louco". O espetáculo tem apoio do Pó de Poesia e do Centro Cultural Donana.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Abismo


Eu sou um grito
Um grito seco
E surdo
Você é incerteza
Liberdade
Sempre presa
Somos conflito
Sem grito
Sem ponte para atravessar o abismo
Somos amanhã sem sorte
Vida que escapa
Feito sangue
pelo corte.

(Arnoldo Pimentel)

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Casantiga




É tão bom viver numa casantiga
No meio do mato
Entre verdes pastos
Sentindo uma brisa amiga.

Casa coberta de telhado
Pra quando a chuva cair
A gente melhor escutar
Velho moço tocando violão
Pra quando avião passar
A gente nem olhar.

Grandes árvores
Dando gostosos frutos pra gente comer
E dos arranha-céus e das torres de babel
A gente se esquecer.

Feijão mineiro, arroz carreteiro, que amor.
Salada sem vida e sem cor de restaurante, que horror.
Uma galinha e seus pintinhos, observo.
Para as mães não jogarem mais seus filhos no lixo, à Deus peço.

Morro alto pra gente se matar de subir
Pras escadas rolantes dos shoppings num tô nem aí.
Leite fervido da vaca, me acabo.
Leite em pó, milk shake, recusado.

Trotar de cavalos saudáveis puxando carroças, legal.
Barulho de motores de automóveis, infernal.
Borboleta saindo de dentro da crisálida, adoro.
Rato saindo de dentro do esgoto, ignoro.

Na rede à tardinha me ajeito
O colchão duro e fino da cama rejeito
Pelas velhas lendas desta terra me interesso
Estórias de Batmans e Rambos da vida desprezo.

É a natureza. A criação. A verdade.
A origem. A revelação. A identidade.
De um povo. Uma vida. Uma nação.
Uma cultura. Uma dignidade. Uma canção.

Perdidos no meio do nada.
No meio da caatinga.
No meio da estrada.
Dentro de uma casantiga.

(Marcio Rufino)

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Tarde de Abril


Ela era a mais linda da sala
Tão linda que seu brilho
Refletia nas estrelas
E perdia o sono na travessia da madrugada
Ela queria ver a sessão das cinco
E eu não vencia a distância para convidar
Não atravessava a rua para passear.
Como ela desejava
Não falava o que ela queria ouvir
Tocava o seu rosto com os olhos
Num emaranhado de pensamentos
E palavras que evaporavam no vento
Antes de serem pronunciadas
Ela era tudo
E eu não tinha nada
Nem um pedaço de ilha
Para lhe presentear naquela tarde de abril
Quando ela sumiu
Deixando apenas a paisagem da lembrança
Do outro lado da rua
No caminho da escola.

(Arnoldo Pimentel)

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domingo, 2 de agosto de 2009

Imagens do Pó no Donana

O cantor, compositor e poeta Dida Nascimento, o cantor Renato Lima, a poeta e professora de literatura Ivone Landim, o poeta Marcio Rufino e a poeta Kátia Isnard.












O Donana, centro cultural de Belford Roxo de grande importância para a história cultural e artística do município, que em meados dos anos 1980 e 1990 revelou bandas importantes como cidade Negra, Rappa, KMD-5 e Suburbanda, volta a abrir suas portas pela batuta de seu idealizador, nosso companheiro Dida Nascimento. O Pó de Poesia, por sua vez não podia deixar de prestigiar o evento, onde rolou muita capoeira, poesia, exposições de fotografia e artes plásticas, dança e música.