Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
domingo, 30 de outubro de 2011
TODO HOMEM É UM EDIFÍCIO
nada no silêncio
enquanto
tateio
teu rosto marmóreo
— brevíssimo
pequeníssimo
homem
uma sombria
espera
e
porquanto tudo é sonho e
carícias
máquinas além nos espreitam
irmãs
serenas nuvens
viçosas
são teus lábios conjuntos
e
minhas gotas
de pérola
logo atrás
em meio às quais
por intermédio do silêncio
a espera
torna-se
muito.
Órgão
a ferrugem no oxidável
sua gangrena
único meio de amputação
ferro umbilical
da umidade da neblina
a viga escura adoece
escorre no vão, nela, salobras,
ácido puro,
nuvens e nuvens de oxigênio
o desgaste, assim, do todo a nada se compara
elegante ruína
quando enverga sem gravidade
enlaça, sem ruído, a Morte.
Tempo Ausentado
(...)
pouco falta
a prolongar-se
no eixo
a vizinhança das coisas.
Poemas de Sodine Üe