Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
sábado, 20 de outubro de 2012
sete mini-coisemas
sempre perco meu isqueiro:
por certo que sumiu no ar
ou então o mundo inteiro
quer que eu pare de fumar
II
por qualquer deserto
que me erme
a epiderme
e germine
o germe
de ler-me
III
o que pensar do outono
que não as folhas
caindo de sono?
IV
não sobra ao verso triste
qualquer tristeza de poeta
o sorriso escrito à lápis
é laivo do que não existe
vestígios de um crime iletrado,
os versos não fazem um poema
é cheiro vago de algum perfume
impossível de ser aspirado
V
porei pares de pérolas em piras
e porões para pirar os piratas
puritanos e parentes do paraíso
VI
assobio no ar -
sinal de que o vento
não pode falar
trova-língua
breve trova que trava na língua
prova breve que trava na trova
trova a trava que trinca na prova
trívia é trova que trava na trave
troco trovas por travos e provas
trinco trocos em travas e trovas
trago tudo e em troca trovo
Autor: Caíto
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