Manifesto do coletivo Pó de Poesia
O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.
Creia.
A poesia pode.
(Ivone Landim)
sábado, 12 de março de 2011
CASA NA ÁRVORE
Ainda
que nao dorme
que nao livra
em passagem acima das telas recém-preferidas
altivas
frias
à vaga no céu por testemunha
qual em signo que salva dos pecados alados de si
em
pacto
dos lados re-criados
por incêndio
a este fogo,
tão breve
tão sendo.
sopro.
o meu tempo-cruzada à revelia destas preces..
por estradas desfeitas que caminhei
na tarde-escura mais inteira qual à chuva e o declínio
parte.
do mapa que(te) pensei,
ora, não é...
..
à falta
enleios continuados por liberdade de escolha
quando tarde,
por um auxilio de mente e vontade,
quando fim,
cura-me.
e lá, depõe o meu ímpeto de te seguir..
eu sei..
ao campo formado destas guerras
onde mensagem de ti, me salva dos alvos vis
que,
um dia tolo destes,
o teu lado
a mim,
há de sumir..
este.
meu posto por um centeio ao deste campo também..
o meu
pacto-acto de dias livres
em desejo-mais-que-pouco. de um gosto, e(ainda.sendo) teu.
Poema de Azke.
Beijo
Do beijo silenciado
Do beijo inacabado
Não quero o beijo
de selinho
de canto de lábio
Não quero o beijo
melado, nem babado
nem o de mau hálito
Quero o beijo
de línguas entrelaçadas
com gosto forte
de carne e saliva.
Jorge Medeiros