Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

[...e tantas são as viagens que me alumbram


e tantas são as viagens que me alumbram,
quiçá por sonhos nunca dantes realizados
onde se degustam silêncios vogados ao vento
que sempre me arderam.

Ignescente memória revelada
nestes olhos sem choro que miraram além da proa,
além das níveas montanhas.
relembra-me, acolhe-me enquanto o ceu estreleja pelo entardecer dos dias em verão.

Que se extingam as palavras que os deuses libertaram,
que rocem o infinito desejo, quão perenes
penetram mar adentro, quais viagens desassossegadas
mitigadas pelo som destes marulhares sempre presentes.

Acolhe-me em sorriso, desnovelando
cousas incertas aprisionadas, ilusões outrossim,
relembra-me, uma vez mais,
a cor das cerejas dissipada por entre sussurros só nossos.

Inda me peregrino em mim, sabê-lo-ás.

[-Senti-lo-ás? Perguntar-me-ei.]


Poema de Ricardo Pocinho (Transversal)

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