Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 30 de maio de 2010

Marcio Rufino representa o Pó de Poesia na 3ª edição do sarau "Cidade Atravessa".


O poeta abre o evento lendo o Manifesto do Pó de Poesia composto por Ivone Landim.


O sarau Cidade Atravessa é um evento realizado pela editora Confraria do Vento em parceria com a Casa das Rosas e o Projeto OX toda segunta sexta-feira de cada mês. Atendendo a um convite do grande poeta e xará Marcio-Andre, tive a honra de participar deste importante evento na noite de 21 de maio de 2010. Antes de ler dois poemas de minha autoria fiz questão de ler o Manifesto do Pó de Poesia de autoria de nossa poeta, professora de Literatura, arteterapeuta e ativista cultural Ivone Landim. O evento teve também a participação de outros poetas como Reynaldo Bessa, Beatriz Bojo, Alex hamburguer, Luiz Roberto Guedes, entre outros, além da exibição o curta Cidade-Resposta de Marcio-André. Uma entrevista do escritor Paulo Scott com o escritor e fundador do CEP 20000 Guilheme Zarvos fechou brilhantemente o evento.

Assista o vídeo

De emocionar...





Ao som de uma flauta doce, me distancio da terra.
Minha alma se inunda de paz.
Me deixando levar por movimentos suaves, me dedico a lua.
Que como corpo celeste se insinua, o céu azul da cor de anil se encontrava, e as estrelas que tem luz própria, me irradiava.
As minhas asas imaginárias estavam lá, prontas a voar.
Na essência daquela noite na relva, quero me aprofundar.
A natureza é mesmo divina, me fez sentir um clima de emocionar.
E mais alto ainda, eu queria voar.
Elevei meu pensamento que corria ingênuo pelo ar,
recitei um verso, dizendo: ser infinito este luar.
Ah, como é bom flutuar.

Camila Senna

Procissão

sigo uma procissão
descompassada
onde não há
cânticos conhecidos
não há rezas certeiras
ou costumeiras.

é apenas um ir
indo pelo ir
pela exigência
do passo
pra um caminho
que desconheço.

a ladainha
da vida
segue
contínua
permaneço
na procissão..
até quando?...

Jorge Medeiros

(15-05-2010)

UMA FADA NA NOSSA NOITE



UMA FADA NA NOSSA NOITE
(Poesia dedicada a poeta Sarinha Freitas)

Eu fui apenas abrir o portão
O céu estava escuro
A noite estava nublada
No céu havia um deserto sem nada

Eu apenas abri o portão
Esperando ver do outro lado
A praça vazia
Descobrir que nem vida existia

Eu apenas abri o portão
E uma fada apareceu
Uma esperança nasceu

Uma fada vestida de humildade
Uma estrela que iluminou e trouxe vida em nossa noite
Uma fada esculpida de amor e amizade

Autor: Arnoldo Pimentel