Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 8 de julho de 2011

Grunge

Ouça o Som do Silêncio

Ouça o som
sábio
do silêncio. Ouça o tom.
Mas só ouça-o com
um certo dom.
Ouça o som
fácil
do silêncio. Ouça o tom.
Mas só ouça-o com
um certo dom.
Ouça o som sábio...
Som tom com dom -
SOL!
Ouça o som fácil...
Som tom com dom -
CIO!
Ouça o som do silêncio.
Ouça o som
se
só...

Foda-se!

Muitos têm pouco
e poucos têm muito.

Eu não estou aqui por brincadeira.
Eu não estou brincando.
Eu não estou não.
Eu não estou.
Eu não estou aqui.

Foda-se que se foda o mundo!
Eu não tenho chance,
meu grito não tem alcance.
Foda-se que se foda tudo!
Eu não tenho chance,
meu grito não tem alcance.
Foda-se que se foda!

Muitos têm pouco
e poucos têm muito.

E eu não estou aqui por brincadeira.

A palavra de ordem é foda-se!
Foda-se é palavra de progresso!

Em alto e bom
Som
Não é de bom
Tom

nunca diga nunca
sempre diga sempre
não diga não
só diga sim
sim para o todo
zero vezes nada
o silêncio é cheio de sshh

depressivo..............
!!!!!!!!!!!!!AGRESSIVO
cASA é ÚTERo Ou CéU
??????????????????????

Poema de Andri Carvão

Havia apenas um parque entre elas

o teto era tão alto como um templo
ouvíamos os carros antes de vê-los
eu segurava os pregos
o vento folheava o livro
você era a estrela do meu céu
um tapete verde pela terra afora
as tardes eram em alemão
seus cílios como penas
os ventos eram mansos
o sol acordava cedo
trazia você pra dentro
as árvores tinham alma
festejavam os dias
o trem virava a esquina
enquanto os pais se preparavam
para ir à igreja
as mulheres na janela
você brilhava no calor
o amor tinha frente e verso
andava pelo piso
tornava-se família

de olhar pela janela e esperar...

Poema de Vânia Lopez