Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DO SEU CORAÇÃO



DO SEU CORAÇÃO

Acho melhor deixar as coisas como estão
Não adianta sair procurando por ai
A doçura de um sorriso
O calor de um abrigo

Ou um paraíso

É melhor continuar no mesmo canto
Não cativar as pétalas de orvalho
Que nascem na brisa
E descobrir o que é amar

E depois chorar

Acho melhor ficar encolhido
Sentindo o frio da solidão
Para não ter que sangrar
Não sentir esperança ao olhar a vastidão

Do seu coração

DESARRANJO



DESARRANJO
Autora: Luciene Lima Prado
Luciene é formada em letras, professora de Literatura, Português, Inglês

Nem o campo nem o abrigo,
Nos momentos que não durmo,
Acolhem meu desaprumo.

A me firmar não consigo,
Segue-se o tempo em curvas,
Onde me entonteço.

Cada pensamento um tropeço,
Que se esfriam nas chuvas;
Faço do que não quero meu transporte.

Nem a rua nem a cama;
Envolvida pelo fastio que me chama,
Eu, então, me calo e me dito a morte.