Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 1 de março de 2011

Sucata

Entre ser, não ser, ser de ferro-velho.
Sem o meio-termo da alma.
Com o cinza-chumbo do espírito.
Tendo como luz, o azinhavre.
Como sol, a ferrugem.
Fora de uso do destino.
Detido na espera, na corrosão.
Chapa, cheiro curto, plúmbeo.
Hálito escuro de garagem.
Ex-máquina, isenta de Deus.
Alquebrado bric-à-brac.
Leminskiano inutensílio.
Ofícios sem a irritação da oficina.
Mix de matéria e sombra feroz.
A ferros.

Poema de Armando Freitas Filho