Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 24 de março de 2015

Homenagem ao poeta Diego Ferrão


O jovem poeta residente do Pó de Poesia Diego Ferrão, que nos deixou recentemente, na foto (ao centro) acompanhado de seus companheiros de coletivo: os poetas Ivone Landim, Jorge Medeiros e Camila Senna.


Último cântico.
Meu sol se pôs
E tudo escureceu
Nem mesmo a lua clareou
Por onde eu navego.
Mas, mesmo que eu reme na escuridão
Sei que ainda vou ver
O nascer
Lindo.
Navego por mares escuros
Sem ter uma luz indicando onde
Vou na incerteza de vê-la.
Canta, uma última vez, aquela nossa canção
Rainha do mar
Aquela que fiz pra você.
Mergulho nesse mar
Revolto e escuro
Pra descansar.
Pois já cansei de
Navegar.
Diego Ferrão.