Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 23 de junho de 2011

Último

(data-vaga)


deposta coincidência
aleatório devaneio ao arbítrio-livro de mim
razoável-preço
à pena que me vale em metade
à curva qual me re-forma do
fim

re-lapso
(ensejo)

ao acto consumado
em previsão e lenda
é
apenas à curta-metragem
da frase sem erros
sem
margens
(nem fé)

posto que.
término

rescisão e oferenda
base de consulta

oh! brevidade rarefeita de consumo..(não é.)
oh! registro dos meus ideais e conduta de rumo..(não. é.)



"locus"
por: um período-re.composto
esboço.ao: que me parecia real
(pois)eu

duvidei. à era deste tolo-conto
e começei. à queda deste lado pois, chamas.



e,
agora corre..
levanta.
asas incendiárias em voltas/e-voltas febris
à caçada de todas as memórias esquecidas
às estacas. que eu sempre escondi.




pois,




ferve, lado repente!
e
descrente
e
decrescente
e

aqui, sempre, ou.




















em quartos(tantos) de ar.
(de mim)




























.


Poema de Azke.

Kali-yuga

Estupefato observo o mundo
Cambaleando em uma só perna.
A tourada cruel, planetária,
Incendeia os corações distraídos.
Na arena gigantesca
Digladiam-se, aos gritos,
Os Albels e os Cains em uníssima vibração odienta.
Eis que o soar das trombetas,
Tão esperada e decantada,
Vem pela garganta dos próprios degredados,
É o último brado, o estertorar.
Começa a ceifa,
O joio e o trigo são apartados.
O grande êxodo é a última instância,
Portanto inexorável, sem apelação,
A sinfonia deprimente do ranger de dentes,
A batida final do grande martelo transcendental.
As setas cruzam os espaços siderais,
Os carros de fogo
Transportam os mendigos da paz,
Estiolados na refrega equivocada.
Os cordeiros são os lobos de si mesmos.
Eis o segredo desvelado,
A metáfora dos canibais.

Poema de Milton Filho