Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Floresce na Periferia





Sou um campo minado
Sou uma ameaça
Foucault foda-se
Calvino é o trem de Japeri
E suas propostas para o milênio
Leveza
Rapidez
Exatidão
Visibilidade
Multiplicidade
E Imaginação...

Sou das cidades invisíveis
do governo e da intelectualização
das quebradas periféricas
Sou o medo da crescente classe média
Leio Ramed 
Sou inclassificável
Sou um campo semântico
Minado de significado
Não sou substantivo
Do poder

Quero que os intelectuais que me colocaram
Na classe C, D, F, G
Vão se fuder
Sou minado uma ameaça
Sou do Pó das Entrelinhas
Sou das quebradas
E
minhas palavras estão armadas.

Ivone Landim

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Baforadas lançadas no ar
na cumplicidade do portão escolar
os pulmões vão se ajeitando
misturando nicotina ao ar natural

As almas ficam lavadas
com o florescer
da amizade desenhada
pela fumaça do cigarro.

                     Jorge Medeiros
                     (22:38 h - 04\01\09)

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

TEMPO ADORMECIDO- Ianê Mello





Guarda teu sorriso no tempo da espera
fruto adocicado em plena estação
Guarda tua palavra na placidez do tempo
amanhecida flor que se abre em botão

Guarda teu amor no peito adormecido
aquecido no fogo fátuo da ilusão
Guarda teu abraço na ternura antiga
agasalhado na esperança que não finda

Guarda-te por fim inteira e intacta
que o tempo não espera e não perdoa
nas horas mornas em que passas debruçada a janela
enquanto a vida lá fora lhe convida a dançar

In Tessituras e Tramas , Editora Verve, 2013
Ianê Mello.

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