Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Sou-te sereia senhor, mas não me vês...

Sou-te sereia senhor, mistério incontroverso,
exibo-me quimera, arranco-te queixumes.
Ao embalo deste mar – fullgás – sou teu reverso,
a dor que não se esconde – um verso em mil perfumes.

Revelo-te em meu corpo as vidas do Universo,
beleza transcendente, arfar de vis ciúmes.
Ao embalo deste mar – fugaz – um corpo emerso,
resvalo ao teu olhar – não brilhas aos meus lumes.

E canto e canto e canto! Excelso e ardente ai!
Rastejo ao teu mistério e louca em ti delinquo
ao verso, numa estrofe, em mim tudo se esvai!

De que valho em paixão? Em ti nem sou sagrada!
Ao vento do arrebol meu canto tão longinquo
é sonho, é ária, é luz, é sombra, é dor, é nada...

Soneto de Sílvia Mota