Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 8 de maio de 2011

FILHO CAÍDO



Filho que um dia embalou
Amamentou
Filho que sempre amou

Aquele ali caído um dia foi seu filho
Filho que sempre desejou vê-la morrer
Filho que um dia deixou de ser
Quando escolheu a violência como religião
Como ganha pão

Filho caído com 8 buracos no peito
Para ele
Ela era apenas a puta que o pariu
O filho que partiu

Agora ela sentiu alívio
E agradeceu a Deus
Pelo o que aconteceu
Com o filho que seu sacrifício nunca reconheceu

Que se estremeceu
Até morrer na calçada
Até não ser mais nada
Filho que só trouxe dor
E a violência levou