Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 11 de junho de 2012

muito embora


uma lágrima só desce de um olho.
perco o sono e o sonho perde vida.
se meu olho queima à tua partida,
a tua ida não sou eu quem escolho.
recolho o verso que canta despedida;
não sou nada alegria, se me encolho.

quem dera um não fizesse aquele verso
e que, disperso, o poeta, fosse vento
pois, se eu fosse vento, tão diverso,
não passaria de poesia e encantamento.

ai, meu vento breve! me leva em tua mão
e então nela me faz sonho e verso eterno!
meu desejo sangra as folhas do caderno
enquanto a folhagem viva vai ao chão...

a esperança de menino ainda é forte,
os desesperos é que soam mais meninos.
quisera eu que, os beijos, entre mortes,
em minutos de silêncio, fossem hinos.

não poderei esconder a saudade
pelos dedos que dançam ao piano;
se quiseres ficar só por vaidade,
vai-te logo, pois te trago desengano.

tenho planos de futuro e brevidade.
a idade conta, no relógio, as horas,
e as demoras falam muito de saudade...

serei feito de lama, caos e auroras
se por acaso tu ficares sem vontade.



Poema de Caíto