Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

[e quando as tuas pétalas caem]

e quando as tuas petalas caem
das nuvens azuis,
e quando as tuas petalas se
misturam com o mar,
os ventos que sopram sossegam,
as calmarias regressam,

os adamastores, em bojadores
floridos,
respiram os odores das madressilvas,
e das tulipas que lá plantaste.

Queria-se o poema assim,
apenas assim,
sem tormentas, vulcões,
sem tempestade, furacões,

e no tocar do teu cabelo,
e no tocar do teu seio,
e no colar-me ao teu corpo,
[nesse teu aroma de canela],

nasce um arco-iris na noite,
e rasga-a,
na escuridão do inverno.


Não sei se é amor, não sei,
nem sei de mim, não sei,
sei da ondulação do teu corpo,
desta minha tatuagem de ti,
sei, que

me ondeio nas tuas ondas,

sei, que

quando te penso, penso-te
mar,

sei, que,

sempre assim será.

[Queria-se este poema...assim],
apenas,
assim...


Autor: Transversal