Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Lacraram as portas (e a felicidade)

Ninguém sabia por onde entrar na casa grande.
Portas em todos os quadrantes,
o norte a repetir-se ao sul
leste oeste.

Claridades ofuscantes
ainda teimam entrar pelas frestas das tábuas
que lacram o que fora portas e janelas
da velha casa perdida em calendário.

Às vezes penso que a felicidade trancou-se lá dentro
ou é refém em papel de inventário.

A grande casa,
hoje pertence a todos e a ninguém.


Poema de Maria Verde