Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 15 de agosto de 2010

TEMPO



TEMPO
Autora: Silviah Carvalho

O tempo já passou,
A esperança ele a levou.
O frio chega de repente,
Congela a alma da gente,
Que precisa de amor.

E já é noite aqui dentro,
Nada mais podem tirar de mim,
Minha fé é o bem que me resta!
Por ela cheguei até aqui.

Mas o que dizer,
Da vida que não vivi?

Nada mais podem tirar de mim,
Nada mais, pois o tempo já tirou,
Lembranças, sentimentos,
O que são diante do tempo?

O tempo
Que não devolve nada que perdemos!
E se ganharmos faz pensar que não tivemos.

Tempo
Que vence nossas guerras,
Tempo que vence a vida!
Quando já a tenho por perdida,
Na ausência do amor.

Não amei do amor nada sei,
O que fiz então da vida?
Meu Deus! Não vivi,
Sem tempo passei por aqui.

HOMENAGEM AOS AMIGOS DO GAMBIARRA PROFANA



PARA OS AMIGOS E PARCEIROS DA GAMBIARRA PROFANA
Esse poema é uma simples homenagem aos amigos da Gambiarra Profana, que estão de uma forma ou de outra sempre comigo, sempre no meu coração e hoje sei que aprendi a amar cada um de vocês de uma maneira toda especial. Abaixo a relação dos poetas e poesias que estão aqui em ordem cronológica de tempo de amizade.

Autor: Arnoldo Pimentel (Partida Vazia, Ventos na Primavera)
Silviah Carvalho (Ave do Chão, Silêncio, Um Coração que Ama)
Márcio Rufino (Amor me Pegou, Dia Escuro, Mulher que Pinta)
Ivone Landim (Guardiã, Hoje, Razão de Ser)
Sérgio Salles-Oigers (Flor do Lodo, Nu da Minha Voz, Recital Para a Porta da Cozinha)
Lenne Butterfly (Grande Mini Vigília no Monte Subterrâneo, Nós)
Vinícius Siqueira (Versos e Reversos)
Rodrigo Souza (Segredos do Poeta, Ser Você)
Fabiano Soares da Silva (Instrumental)
Gabriela Boechat (Aurora)
Luis Anjos (Janela)

Esse poema foi inspirado no poema “Mulher que Pinta” do Márcio Rufino e das mulheres aqui presentes, acho que só a Lenne não pinta, pois nunca perguntei a ela, mas trabalha com imagens e é uma forma também de se expressar, as outras Silviah, Ivone e Gabriela escrevem e pintam.
MULHERES QUE PINTAM( Inspirado em “Mulher que Pinta)
Um dia meio sem querer
Conheci mulheres que escrevem e pintam
Conheci também um mundo feito de imagens
Feito de viagens

Conheci a mulher que pinta
Pinta sonhos
Pinta pássaros
Pinta tudo que vê pela frente

A mulher que pinta, que escreve e se descreve
Nunca está ausente
Está bem ali nos seus poemas
Nos quadros que olham pra gente
Sem pingente

Um dia senti o NU DA MINHA VOZ
Ouvi o RECITAL PARA A PORTA DA COZINHA
Ouvi o SILÊNCIO
Da GRANDE MINI VIGILIA NO MONTE SUBTERRÂNEO
Quando O AMOR ME PEGOU
E os SEGREDOS DO POETA ficam conhecidos
Quando o poeta escreve enquanto se descreve
Nos VENTOS NA PRIMAVERA
E HOJE todas as coisas são VERSOS E REVERSOS
Guardados pela GUARDIÃ
No coração da MULHER QUE PINTA
Na voz de quem é nu
No silêncio que penetra em “NÓS”
Assim tentamos ser
A AVE DO CHÃO
Para tentar aprender a voar novamente

Tentamos SER VOCÊ
Tentamos clarear o DIA ESCURO
E pintar alguma coisa que seja
INSTRUMENTAL
Mostrar que temos UM CORAÇÃO QUE AMA
Antes da nossa PARTIDA VAZIA
Antes de olharmos pela JANELA
E ficarmos admirando a FLOR DO LODO
Para não nos esquecermos de olhar dentro de nós
E descobrirmos que somos poeta de letras
De tintas
E temos nossa RAZÃO DE SER
Atravessamos o tempo
Rompemos a AURORA
E somos imortais