Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hoje, sem nós

Hoje,
Nem sou arquipélago, tampouco constelação
Sou estrela solitária, sou ilha de solidão.
No viés do tempo, perdi a linha de bordar
Não costurei um sorriso, furei o dedo da mão
Larguei longe a sianinha,
Larguei longe minha musa,
Hoje sou só eu.
Só hoje
Só eu...
Amanhã estarei nós.

Poema de Isabela Vital

Dissertação estapafúrdia sobre a arte de escrever tomando em conta o que me disse o pintor João Gonçalves

Vem um pássaro poisar na mão da tela. Traz no bico aguardente de medronho para incendiar o tempo.
Uma virgem quase nua cobre os pelos púbicos com uma funda.
Disparando perde a virgindade e o pássaro poisa.
E é nesse momento em que o pincel é um gargalo de dedos, que se suicidam as prostitutas mais belas.



Autor: José Ilídio Torres