Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



quinta-feira, 29 de abril de 2010

O dia da vingança














I

A espada de Deus está repleta de sangue,
Vibrou sobre a capital do mundo,
Contra sacrílegas Babéis.
O Califa já não dispõe mais de seu harém.

II

Ele sai sereno de sua tenda,
De túnica branca,
E contempla a serpente,
O deserto e o bico das metralhadoras:
Lenda!
Apóia no cajado o peso
De cidades mortas e dos guerreiros de outrora.
Ninguém ousa perscrutar-lhe o coração.
A tenda, o deserto e o cajado
Resumem-lhe a fé, o ser:
Ímpar,
Jamais à venda.
Não imaginam o quanto ele ama,
O quanto os ama
Sob a face justiceira do ódio,
Pois jamais negocia com terroristas.
Lá vem o Pastor...
Hosana!

Felipe Mendonça -

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Contar os dias
os momentos
os corpos
que esbarram
em meu corpo
...
Ah felicidade efêmera...
felizes mesmo
são os gatos
que nasceram livres
e uivam
nos telhados da cidade


Jorge Medeiros
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A solidão receita
O vinho amargo de outras bocas
Dentro da garrafa
O tempo espera
Agora
De gole em gole
Te engole
Estalando a língua
No vinho que perdeu o sabor

É o amargo da imposibilidade
Que traça a solidão

O poeta mendiga ouvidos
No tilintar de traças
Peregrina onde o homem silencia
A vontade que berra
A garrafa que quebra
Entre reticências
Sangra vinho ou gargalhada
Que perfura as lágrimas

Ivone Landim
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Esta noite estou só
Esperando que as estrelas
De Falluja caiam do céu
E que as luzes possam
Clarear o caminho.
mas do céu
As estrelas são made in USA
E todo os caminhos
São consumidos por elas.

Fabiano Soares da Silva
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Amo as pessoas
as que se deixam
amar
e as que insistem
em serem
odiadas.
Mas adoro
mesmo,...
até encerrar
essa vidinha,
o grandioso
Pessoa
que me ensinou
que o melhor
e o maior prazer
é ver!


Jorge Medeiros
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Há esperma adormecido
Nas coxas da mulher cotidiana
Bacana!
A noite enrijecida
É derretida pelo sol
E o coração se enche
De contínuas ternuras...

(Ivone Landim)
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domingo, 25 de abril de 2010

CRISÂNTEMOS



CRISÂNTEMOS

Não adianta esconder
Não adianta se esconder
Tentar deixar de viver

Não adianta ver o crepúsculo
Do buraco oco do quarto
E tentar esquecer

Não adianta colher crisântemos
Se não tiver para quem oferecer
Para quem valha a pena viver

Não adianta sussurrar
Que tentará deixar de amar
Se já sabe que não conseguirá

Autor: Arnoldo Pimentel

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Rumo à solidão




Não diga o que eu devia fazer.
Só escute, se for capaz, as minhas palavras mudas.
Ouça, se for capaz, a dor que eu sinto sem gemer.
Sinta, se for capaz, o segredo que eu tenho sem nunca sabê-lo.

Não diga que tudo irá dar certo
sem antes me apontar o caminho mais curto para a solidão
e não diga
que a solidão não existe,
pois é, na verdade,
o próprio caminho a se trilhar.

Eu já não tenho mais nada a fazer
a não ser atravessar essas portas fechadas
e chegar ao outro lado
com aquela falsa sensação de vitória.

E não há uma vitória sem uma gota de lágrima
mesmo que seja invisível.
E não há uma gota de lágrima sem uma dor
mesmo que seja fraca.
E não há uma dor sem uma mágoa
mesmo que seja esperada.
E não há mágoa sem a morte de qualquer coisa que se amava
mesmo que não seja física.

E o meu próprio-amor-próprio
é a invisível e fraca espera do não físico
do abstrato e diluído no espaço
que está por trás daquilo que é sólido.

E o que é a solidão
a não ser esse ser não sólido
que vive a nos espreitar
num canto da sala?

Mas não há um amor-próprio sem um egoísmo
mesmo que seja domado.
Mas não um egoísmo sem uma raiva
mesmo que seja calma.
Mas não há uma raiva sem um desejo de destruição,
mesmo que seja tolerante
de tudo aquilo que é humano.

E a minha tristeza
é o tolerante e calmo domínio
que tenho sobre tudo aquilo
que é desumano em mim.

E o que é o caminho
a não ser essa estrada insegura e torta
sobre o tapete colorido da sala?

Não esperava essa agressividade
em tua cara.
Não contava com esse pouco caso
em teus olhos.
Não aguardava essa arrogância
em tua casa.
Não pressentia essa decepção
em meu peito.

Agora deixe despedir-me de tudo aquilo
que é vibrante e claro em sua essência
para que não haja nenhuma saudade
do que eu não tenha visto nesta descendência.

E assim sigo rumo à solidão
que não é depressão
e sim o som de uma densa música
e seu refrão.
E assim sigo rumo à solidão
que não é suicídio
e sim a esperança de uma longa felicidade
e seu início.

Marcio Rufino
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Soneto do homem só

















Certo homem sai à luta todo o dia.
Num bar, engole rápido um pingado
E mais um sonrisal contra a azia
Co’a conta pendurada, no fiado.

Vai correndo, apressado pela via,
Co’o fraco coração atravessado
Por dúvida inquietante, covardia
De enfrentar o que dizem ser-lhe o fado:

Ralar muito em funções de vil salário:
Beber, jogar no bar feito um otário,
Culpar a todos pelos seus azares.

Mas, quando nos balcões das mãos servis,
Não se esquece do bêbado que diz:
“- Bebo em vão pra esquecer os meus pesares...”


Felipe Mendonça -

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sábado, 17 de abril de 2010

MEU YESTERDAY



MEU YESTERDAY
(Poesia dedicada a minha amiga Sandra Carvalho)

Ontem eu era feliz
Ontem eu estava até sonhando
Sonhando de ser feliz
Sonhando que estava brincando

Ontem tentei alcançar as estrelas do mar
Mas eu não sei nadar
Não sei como ancorar
O meu coração na ilha que poderá me abrigar

Ontem tentei ouvir os sinais do meu céu
Mas as nuvens estavam cinzentas
E as chuvas logo molharam meu rosto

Ontem tentei te olhar nos olhos
Mas você estava distraída olhando seu futuro
E não percebeu
Que iria ficar sozinha
Assim como eu

Ontem até tentei acenar um adeus
Mas o nevoeiro escondeu meus braços
E fiquei acenando para ninguém
Nem você mesma olhou meu rosto

Ontem tentei ser feliz
Tentei dizer adeus
Ontem acabei chorando

Ontem acabei apenas imaginando
Que estava te amando
Ontem eu estava apenas sonhando

Autor: Arnoldo Pimentel



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É NOITE NO MEU CORAÇÃO



É NOITE NO MEU CORAÇÃO

É noite no meu coração
Vivo tomado pelo medo
Sei que para Ti
Não tenho segredo

Venho aqui pedir Seu perdão
Fico de joelhos
Fecho meus olhos
Tiro minhas vestes

Sou apenas mais um filho a pedir
Que olhe por mim
Que não me deixe cair em tentação
Que ilumine meu caminho

Porque não tenho forças para vencer sozinho
Quero estender-lhe minha mão
Mas meus braços são pequenos
Não sei se O alcançarão

Autor: Arnoldo Pimentel


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terça-feira, 13 de abril de 2010

Adamastor



A tua dor, do que ela é feita?
De escarpa, barba, sal e lágrima,
De pedra e mar em promontório
Alcantilado, mudo abismo
Feito de vales e penhascos
Que o choro pejo vertem no eco.
Aterrador é o teu aspecto
De ancião – velho desprezado,
E ninguém diz que um dia foste
Amante alegre e desejado.
Um capitão que guerra fez
Mais pelo amor que pela guerra,
Porque a batalha que te aferra
Não é por glória, nem por fama,
Não é por África ou Arábia,
Mas a que faz os corações
Serem tachados de ignaros;
Mas a que faz os corações
Pra trás deixarem toda a frota,
Pra trás deixarem toda a tropa
Em mar cortado por trovões
Que vêm dos céus e dos canhões,
Aquela mesma que te fez
Em promontório converter-te.
Foi a paixão por nua ninfa,
Foi a paixão que a sorte mísera
Contradição impôs a ti
Por muito amar e o mar deixar.
Tão puro amor por nua ninfa
Te fez penhasco, um promontório,
Tão fero amor por nua ninfa,
Mais que titã, te fez um homem,
Um ser de rocha, em carne tesa,
Em tensa carne belicosa,
Intensa carne desejosa
A revelar-te a louca fera,
O fero amor que por ser puro
Precipitou teu ser titânico
Contra ti mesmo, imenso monstro,
Ávida carne, à enorme penha,
Brutal amor, em pura pedra...
E se hoje incrível dor naufraga,
Em tormentosas tempestades,
Vetustas naus e novas naves
É só por ti que elas afundam
Em novos casos de naufrágios,
É só por ti, imensamente,
Que de cidades inundadas,
Partem repletas de indivíduos
Que amor não têm, mas que uma dor
Inexplicável, sem razão
Oprime peitos tão civis,
Que mesmo assim cismam doer
Sem promontório e sem esquadra.

Felipe Mendonca -

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domingo, 11 de abril de 2010

Canto de fêmea


Dança por dentro
tua dança, pois somente tu
sabes o sentido.
Sonha no teu ritmo,
desafiando a realidade,
sempre dolorosa de se conceber.
Revira os olhos
para ultrapassar teu limite.
Conduz tua força por este fio estreito,
chamado "Amor teu".
O maior de todos os teus dotes
é articular este verbo,
duro, lindo, frágil e impreciso,
que é Amar, com vida.
Teu brilho se faz luz,
para quem catalisa a essência
da razão do viver.
Retomado agora o princípio de tudo,
se solta as amarras
libertas quem nunca foste
e nunca pudeste ser,
uma fêmea absoluta.

Giano
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O Dia Escuro


Na manhã estranha
De tardes tacanhas
Saio com o dia escuro
Embaixo de nuvens negras
Entre as luzes ainda acesas.

No infinito ainda o reflexo
Da queda do último relâmpago.
As marcas da tempestade
Que escureceu todo meu âmago.

Nada impede que eu ande
Entre casas sem muros
De mármores escuros.

A ventania soprando mundo afora.
Talvez eu quisesse ter alguém
Do meu lado agora.

Na primeira esquina
Cruzo com o sorriso aberto
De uma criança escura
Que clareia toda a rua
Que esclarece toda dúvida.

Ninguém sabe o que se passa dentro dos aviões,
Dos carros, ônibus e caminhões
Que param e passam,
Que dão passagem e atropelam,
Passam por cima e salvem
E deixam morrer na estrada molhada de chuva.

Nem por dentro da cabeça das pessoas que não sabem
Que o sorriso largo da criança
Perante o dia escuro
É tão contraditório
Quanto o vôo da ave de rapina
Pelo céu e mar limpo
Entre o sol mais que vivo.

Dias escuros, noites claras,
Manhãs violentas, tardes lentas.
Amores aflorando, ódios sangrando,
Corpos transando, cabeças rolando.

E o dia escuro cresce.
Assim ele aparece.
Assim ele se determina.
Assim ele domina.

O olhar dos que vêem seus filhos
Irem à escola em capas que os protegem da chuva,
Mas não do frio.
O olhar dos adolescentes mortos de tédio.

A perda da vida das cores das tintas.
O triste impulso sem graça do céu cinza.
O fraco aspecto de ternuras sem carícias.
os cruéis detalhes das últimas notícias
Dos jornais, das revistas, nas bancas, livrarias.

A velha que escorrega
Caindo na lama.
Os corpos que batalham
Desejando ainda estar na cama.

Comanda os pensamentos poluídos dos homens do mal
Que guardam o sexo na cabeça e as idéias no pau.
O fundo do coração das moças de mente vazia
Que fazem bebês assim como fazem comida.

A teimosia das aves que não se cansam de voar.
A bravura das árvores que insistem em respirar.

Talvez o mistério da noite venha esconder o medo no olhar.
Mas a realidade é má e tão fácil não irá nos desvencilhar.

E o negro do sorriso da besta
Cobrirá o branco da lua,
Como a urina do bêbado
Escorrendo da calçada para rua.

Se é doce morrer no mar
É amargo morrer no asfalto
Não vale morrer de enfarte
Depois de escapar do assalto.

Nos móteis, os debates de ego
Que se fingem de sexo
Com certeza se acirrarão.
Só que eles nunca saberão
Que nas minhas mãos está a soluçao
Da limpeza de toda podridão
Que toda mentira possa sujar.

Mas não se percam nas confusas palavras desses versos-pensamentos.
Pois o dia escuro, como um pesadelo,
sucumbirá num só acinte
no despertar do nascer do sol do dia seguinte.

(Marcio Rufino)
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E...



E...

E todos os sonhos que sonhei?
-Simplesmente me obrigaram a acordar
Me proibiram de sonhar
E colocaram meus pés no chão

E todos os castelos que construi?
-Tiraram-me o príncipe
E tiraram o dragão
Tiraram a princesa, agora sem proteção

E todos os suspiros que dei?
Perderam-se num quarto escuro, na solidão
Perderam-se no vazio, ecoando no meu coração
Perderam-se entre soluços e lágrimas
Perderam-se num verso de uma canção

E tudo que senti?
Perdeu-se no último abraço que lhe dei
Perdeu-se na última vez que meus lábios tocaram sua face
Perdeu-se quando te ouvi dizer adeus

Autora: Tamires Alci


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quinta-feira, 8 de abril de 2010

AQUARELA



AQUARELA
(Poesia dedicada a amiga e artista plástica Gabriela)

Eu pinto sonhos que nem sempre têm asas
Sonhos vividos
Sonhos esquecidos
Sonhos que poderão viver na minha tela
Na minha triste aquarela

Minha tela pode estar pintada de vazio
Silêncio vazio
Cores incolores que mostram meu rosto
Tela vazia incolor que inspira minhas cores

Eu pinto meus temores na madrugada
Onde a tempestade é a verdadeira tela
Onde a solidão disfarçada
Invade o meu quarto pela janela

Eu pinto a solidão do meu corpo
Pinto as cores da minha voz nua
Pinto meus olhos perdidos no infinito
Minha tela é meu próprio grito

Autor: Arnoldo Pimentel

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Bonde
















Meu bonde que aponta além
Já vai passando bem antes
Do horário de que é refém.

Vou correndo pela via,
Com ambos os pés feridos
Por calos de mais um dia,

Ouvindo o rumor dos corpos
Proliferando-se anônimos,
Nesta cidade de mortos!

Mas, corro e chego de vez
Passando em cima das covas
Dos mortos sem ano ou mês,

Dos que vão pelas calçadas,
Passando pelos semáforos,
Entre sombras apressadas.

Vou pela rua bem vivo
Sentindo no peito ofego
Coração nunca cativo,

Pisando no asfalto duro,
Rosas fanadas num chão
Só de ratos em monturo,

Pisando essa rataria
Que, contra tanta miséria,
De certo, nada faria.

População que consente
Que o tempo todo lhe mintam,
Sempre farta e tão carente.

Sim! O bonde vou pegar
Junto a Prometeus e Sísifos,
Que nunca aceitam estar

Escravos da profissão,
Presos às roupas e à classe
Da falta e da solidão;

Que nunca aceitam estar
Como os que voltam pra casa,
Bovinos, de par em par.

Gente que pensa que assento
Terá sempre garantido,
Mas que é folha, e leva o vento,

Gente que vagueia a esmo,
Pelos carris do vagão
Carregado de si mesmo,

Sem ver que vamos tomar
Dos mortos ainda em vida
Nosso direito e lugar!

Daqueles que em cemitério
Transformaram suas vidas
Sem decifrar-lhe o mistério.

Felipe Mendonça -

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

MINHA ESPERANÇA



MINHA ESPERANÇA

O que importa se em Ti está minha fé?
-Nada importa
Pois em Ti está minha esperança
Ainda que me digam: Não, não tem mais jeito
Ainda que me torturem, e esmaguem meu peito
Continuarei afirmando: Tu és meu Deus
E com alegria seguirei Te louvando
Ainda que caminhando contra o vento
Eu caia e morra ao relento
E minha carne seja dividida
Entre as feras do campo
E de mim nada mais restar
Minha fé me conduzirá ao céu
E Contigo sempre irei morar
Mas quando minha sorte for mudada
E pelo Senhor eu for agraciada
Meus lábios mais O louvarão
Feliz então eu serei, por poder dizer
Ao meu Rei:
“Minha fé não foi em vão!”

Autora: Silviah Carvalho


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ÂMAGO



ÂMAGO

O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Devo crer para que possa sorrir, mas não consigo
Minha fé é pequena, porém vejo tua grandeza
Sinto-me perdido, ajuda-me, preciso de um amigo

O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Mas eu não encontro O caminho, me sinto sozinho
Há tantas portas abertas e não sei qual é a certa
Dai- me sua mão, mostra-me o verdadeiro caminho

O Senhor é meu pastor e nunca me faltará
Ainda me sinto preso, ainda não vejo a Luz
Daí- sua paz, me ensina o valor da cruz

Sim, Tu és o meu Pastor e eu mal O conheço
Aproxima-me de Ti, revelas a mim a Tua presença
Quero provar de tua vida, ainda que não mereça

Meu Pastor, muda meu nome e não serei criatura
Quero seguir-te e ser à tua semelhança fiel
Quero ser chamado de filho e poder morar no céu

Autor: Arnoldo Pimentel