Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Os grous de Íbicus

Um Poema Mitológico sobre a descoberta dos assassinos de Íbicus.
As Eumênides cantavam, mas os grous (aves que presenciam a cena) da morte de Íbicus, um músico, descobriram os seus assassinos com essa frase:

"Os Grous de Íbicus"

Na trilha do escuro bosque surgiram
Ladrões. Com a música, Íbicus segue,
Num ato perece. As aves que viram
A morte, a pedido, tramam seu blefe.

Os grous a flanar na festa seguiram
Os rudes, de ferros soltos à plebe
Entregues. Dois gritos rompem e guiam
A turba. _Dois réus, dois maus se percebe!

_Confessos, punidos pelos grous! Voam
No enorme e celeste véu a festejar
A justa função de amor dos que doam.

Os versos e cantos de Íbicus entoam
Nas vozes corais brilhantes. Rumam
Ao Sul, grous da excelsa glória a acenar.

Soneto de autoria de Yayá