Manifesto do coletivo Pó de Poesia

O Poder da Poesia contra qualquer tipo de opressão
Que a Expressão Emocional vença.
E que o dia a dia seja uma grande possibilidade poética...
Se nascemos do pó, se ao morrer voltaremos do pó
Então queremos Renascer do pó da poesia
Queremos a beleza e a juventude do pó da poesia.
A poesia é pólvora. Explode!
O pó mágico da poesia transcende o senso comum.
Leva-nos para um outro mundo de criatividade, imaginação.
Para o desconhecido; o inatingível mundo das transgressões do amor
E da insondável vida...
Nosso tempo é o pó da ampulheta. Fugaz.
Como a palavra que escapa para formar o verso
O despretensioso verso...
Queremos desengavetar e sacudir o pó que esconde o poema...
Queremos o Pó da Poesia em todas as linguagens da Arte e da Cultura.
O Pó que cura.
Queremos ressignificar a palavra Pó.
O pó da metáfora da poesia.
A poesia em todos os poros.
A poesia na veia.


Creia.


A poesia pode.


(Ivone Landim)



domingo, 17 de abril de 2011

Hoje...Não!... Por que?

Entre o sofá e o quarto é um caminho largo?
Mas quem dita dogmática regra?
O certo e errado não está na sola do sapato
Quando o pé por vontade nos carrega!!!

E se o desabrochar da flor dobra o tempo
E a libido, das certezas, faz imprecisão
O melhor é aproveitar o doce momento
Já sem culpa, nem necessidade de perdão

Assim sem ética e pecado, sugiro, deite
Sem ritual de no primeiro dia dizer não,
Permita-se, aumente o volume do teu deleite
Ouça o peito, desligue a danada televisão.

Poema de Dupoeta

Mundo além...



SENNA


Quando ferida por palavras e usada pela vida...
Desabo, choro, grito.
Sinto que às vezes preciso-me afogar em lágrimas...
Redescobrindo oásis enterrados em minhas entranhas.
Quando a injustiça me visita devorando-me a alma,
É questão de honra expulsá-la do meu jardim,
Que é para não impregnar meus jasmins.
Quando tudo parece estacionar,
Tenho certeza que estou no caminho delineado...
Cheios de espinhos, os mesmos se converterão em lírios...
Cedo ou tarde,
Sei que encontrarei uma trilha colorida para o mundo além.



((( Camila Senna )))


Essência em mutação...



Estou como lagarta virando borboleta, em plena metamorfose.
Bebendo vinho com doses de ousadia...
Comendo do pão da intrepidez...
Configurando minha vida e dando forma as minhas roupas.

Roupas vívidas e otimistas!
Alinhando meus passos, desenhando
e colorindo os meus sonhos.
Buscando ser inteira, sem sombra, sem mácula.

Ser a história lida e bem resolvida.
Ser avenida movimentada, não gosto de ruas paradas!
Ser o curso concluído no meu currículo.
Fazer do meu corpo instrumento vivo, ativo...

Produzindo música...
Música essa, que me levará às portas da promessa.
Ser o presente bendito sem envolto algum, recebido com prazer, com gozo.

Gozo esse, que trará a cada dia, 
felicidade para minha existência,
em ligação direta com meu coração,
sem indagação!

Horas poeta, horas artista.
Idealista, é o que eu sou!
Sigo na pista em busca da conquista...
Conquista da superação.
Superação do velho, do novo.
Do que está por vir sem rejeição!

Na aquarela do meu viver, pintar meus sonhos.
Na cidadela da minha alma, ser estrela sem limite de duração.
Ser água de dia, límpida, branda e fresquinha...
E que venha o fogo de noite, acender meus desejos e repor minhas energias.




((( Camila Senna)))
 
 
 

Alguns poemas infantis

Arco-Íris

O arco-íris
é o arco da terra
que começa na cachoeira
e termina na serra.

O arco-íris
não é arco de flecha.
Ele se abre
feito leque de gueixa,
feito cauda de pavão.

O arco-íris
é a partitura da canção
da paz
num tobogã de notas musicais.

Chá com Bolacha

Abro a lancheira
no recreio
cheia de lanche
no recheio.

Cheiro de chá
com bola-
chá com bolacha
no meio.

O Sapo

O sapo pula na poça.
A poça, lupa do sapo.

O sapo
não poupa
um passo
na sopa.

Sem Pé Nem Cabeça

A pé
até
agora e depois

o carro na frente dos bois

café
com leite pão
com manteiga feijão
com arroz

pé um pé dois
pé um pé dois

na planta do pé
o pé da planta
fingido é
o que se espanta

pé ante pé
de antemão
de pé
no chão

nas nuvens não

nana nina né
nana nina não

V i o l i n o

a cria
que guia
e grila
o grilo
que cricrila
aquilo
que guia
a cria


Autor: Andri Carvão